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ELEIÇÕES 2016. Os candidatos em cadeiras de rodas

Manhã deste sábado foi de desafio aos candidatos, no projeto  “Cadeirando no Coração do Rio Grande”. Único ausente foi “substituído”
Manhã deste sábado foi de desafio aos candidatos, no projeto “Cadeirando no Coração do Rio Grande”. Único ausente foi “substituído”

Por JOYCE NORONHA (texto) e DEIVID DUTRA (foto), no jornal A Razão (online)

Sete dos oito candidatos à Prefeitura de Santa Maria vivenciaram, na manhã deste sábado (24), como é ser cadeirante no município ao participarem do projeto “Cadeirando no Coração do Rio Grande”. O projeto foi idealizado pela psicóloga e pedagoga Carmen Maria Andrade, que tem doutorado com pesquisa no envelhecimento humano. Ela propôs que os postulantes ao Executivo passassem pela experiência para terem total conhecimento do que as pessoas que utilizam cadeiras de rodas passam. Eles saíram de oitos pontos diferentes da cidade e todos se encontraram no Calçadão. Os percursos foram sorteados entres os concorrentes ao pleito.

Para o candidato Alcir Martins (PSol) a atividade foi interessante, por que “pude me colocar no lugar do outro. E nesta hora tu percebe que uma lajota faltando no Calçadão faz muita diferença”. O vice Israel Tischler (PSol) também participou da atividade. Eles saíram da Praça de Brinquedos, na Rua Professor Braga com Rua Pinheiro Machado.

Fabiano Pereira (PSB) diz que pegou um trecho com rampa, mas pontua que a maior dificuldade para cadeirantes está nas vilas e nos bairros longe do Centro. “Se eles precisam andar algumas quadras para chegar ao ponto de ônibus, como fazem?”. Ele saiu da Venâncio Aires, de frente do Centro Administrativo, junto com a candidata a vice Magali Marques da Rocha (PMDB).

O candidato do SD, Jader Maretoli, foi o primeiro a chegar no ponto de encontro e reclamou da falta de rampas de acesso, das ruas esburacadas. “O descaso é muito grande, talvez pudéssemos rever o projeto arquitetônico da cidade”. O candidato a vice, Adão Lemos (PSC), não pode participar da atividade, segundo Jader. Ele saiu do estacionamento do Restaurante Augusto, na Rua Floriano Peixoto.

Jorge Pozzobom (PSDB) diz que conhece bem a situação dos cadeirantes, pois, quando foi vereador, teve dois assessores parlamentares que são cadeirantes. “Ainda não tive a chance de governar a cidade, mas quando o fizer, primeiro vou cuidar das rampas de acesso para as calçadas”. O candidato a vice, Sérgio Cechin (PP), também participou da atividade e eles saíram da Rua Serafim Valandro esquina com a Rua Olavo Bilac.

O prefeiturável Marcelo Bisogno (PDT) descreveu a experiência como “o verdadeiro retrato de Santa Maria” e destacou que a cidade não está preparada para atender às pessoas que se locomovem em cadeiras de rodas. “Foi um grande aprendizado. Se no Centro já foi difícil de andar, imagino com é em outros lugares da cidade”. Junto com seu vice, Ewerton Falk (PDT), ele saiu da Rua Angelo Uglione, dos fundos do Centro Administrativo da Prefeitura.

Para Valdeci Oliveira (PT) foi surpreendente. “Não temos a dimensão do que é ser cadeirante, até que vivenciemos isso. Foi uma experiência necessária”. Ele ainda defendeu que dar condições de locomoção aos cadeirantes é um direito mínimo de dignidade. O candidato foi acompanhado de sua vice, Helen Cabral (PT), no percurso e eles saíram da Rua Silva Jardim, de frente do Ginásio Franciscão, do colégio Sant’Anna.

O postulante Werner Rempel (PPL) comenta que imaginou que a tarefa fosse mais simples. “Além de ter sido mais difícil, a impressão que tive é que o cadeirante não é visto pelas outras pessoas. Os pedestres, seja por desatenção, se colocam no caminho, os carros não param. Foi bem difícil”. O companheiro de chapa, Eduardo Crisóstomo (PPL), também participou da atividade e eles saíram da Praça Saturnino de Brito, da esquina entre Rua Duque de Caxias e Rua Coronel Niederauer.

AUSENTES

Nem Paulo Weller (PSTU), nem sua vice, Alda Olivier (PSTU) compareceram à atividade, embora a coordenação do projeto garanta que tenha convidado os candidatos. Um manequim foi colocado na cadeira destinada à chapa, com um cartaz que apresentou os nomes dos socialistas. A reportagem de A Razão tentou contato com os postulantes, mas até a publicação deste texto, eles não atenderam, nem retornaram às ligações.

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Um Comentário

  1. Tomara que essa experiência simbólica seja útil ao próximo prefeito. Sugiro ações semelhantes, convidando os candidatos a andarem à noite, “puxando uma infantaria” nas ruas penumbrosas da nossa aldeia. Vivenciar, também, a rotina de quem espera ônibus nas paradas, muitas sucateadas e vandalizadas de longa data, invisíveis aos olhos do poder público.

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