EDUCAÇÃO. Aumenta a chance de uma paralisação na UFSM. Assembleia dos docentes aprova o indicativo
Por FRITZ R. NUNES (texto) e IVAN LAUTERT (foto), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm
Os docentes da UFSM aprovaram na tarde desta quinta, em assembleia geral que ocorreu no campus de Santa Maria, o indicativo de ‘estado de greve’. No total, 82 professores estiveram na plenária e deliberaram, por ampla maioria, ou seja, com poucos votos contrários, as principais decisões colocadas em avaliação e deliberação.
Além do estado de greve, que significa um sinal de alerta aceso contra diversos projetos em nível nacional, como a PEC 241, que afetam o futuro dos serviços sociais e da universidade, a categoria aprovou também manter-se em assembleia permanente; a criação de uma comissão local de mobilização; o apoio à construção da greve geral no país; referendou a participação no ato que ocorrerá em Santa Maria na próxima terça, 25, a partir das 17h (para ler mais, clique AQUI).
A assembleia realizada hoje (quinta) em Santa Maria segue orientação do Sindicato Nacional dos Docentes (ANDES-SN), que apontou para a realização de plenárias deliberativas nas seções sindicais de todo o país, tendo por objetivo estruturar a unidade da categoria diante dos projetos que atacam direitos dos servidores públicos e também ameaçam o futuro da universidade pública. Nesse mesmo contexto, o ANDES-SN, que é um dos sindicatos que faz parte do Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe), solicitou um posicionamento frente à ideia de construção da greve geral, com data indicada para 9 de novembro, mas que ainda pode sofrer alterações.
O fato de os professores se manterem em estado de assembleia permanente significa que a plenária desta quinta não foi encerrada e, que, havendo necessidade, a Sedufsm pode comunicar e convocar para a sua reabertura imediata. Foi montada uma comissão inicial de mobilização, que tem por objetivo pensar estratégias de inserção junto à categoria dos professores, mas não apenas isso. Conforme sugestão aprovada pela plenária, devem ser buscados os demais segmentos da UFSM- técnicos e estudantes- para a proposição de realizar uma assembleia universitária conjunta.
Antes do debate e deliberação sobre os pontos de pauta apresentados pela diretoria da Sedufsm, o professor João Carlos Gilli Martins, diretor da Sedufsm, projetou slides abordando de forma didática os principais projetos que, no entendimento do movimento docente, afetam o futuro da educação e dos serviços públicos. Foram listados o PLC 54 (ex-PLP 257), a PEC 241, o PL 4567. Fazem parte dos eixos de luta, também, a defesa do emprego, contra a Lei da Mordaça, contra a Reforma do Ensino Médio (MP 746/16), e contra o PLC 30 (da Terceirização).
Dentre as várias falas, em sua grande maioria, a favor do indicativo de greve, a da professora e diretora do Centro de Educação, Helenise Sangoi Antunes. Ela ressaltou a contrariedade à PEC 241/16, que congela investimentos públicos por 20 anos. Para Helenise, os servidores públicos, e muitos menos os professores, não são os que representam o peso maior para o Estado brasileiro. “É graças aos professores que o Brasil ainda não adentrou a barbárie”, frisou ela, emocionada. Helenise enfatizou que, hoje, “lutar contra a PEC é estar a favor do país”.
Contudo, apesar de majoritária, a contraposição à PEC 241 não foi unânime. Clailton de Freitas, docente do departamento de Ciências Econômicas, usou o microfone para fazer a defesa da proposta encaminhada ao Congresso pelo governo de Michel Temer. Para o professor, o que o Executivo Federal busca é o equilíbrio das contas públicas, evitando que o Brasil tenha o mesmo destino da Grécia.
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Existe um problema de comunicação na UFSM, talvez comum nas IFES.
Notícias da produção científica chegam aqui fora, mas não se sabe como é o acesso aos canais de divulgação. Dá para notar que existe alguma influência política porque já vi importância “superfaturada”, coisas que são feitas mas não têm a importância que dizem, gente pegando carona na fama dos trabalhos dos outros e coisas cuja importância não fica bem clara. Há os caminhos extra-oficiais também, gente que tem amigos lá dentro e, o que é normal, exagera no elogio.
Mas também existe gente que faz coisas importantes e não aparecem e coisas que são difíceis de divulgar. Exemplo? Galera da química andava pesquisando para a Petrobrás a utilização de micro-ondas para separação de emulsões de petróleo. Parece simples, mas confesso minha ignorância, não tenho como avaliar a relevância do trabalho. Como se “vende” um negócio complicado para gente que não tem a mínima formação na área?
A UFSM é o exemplo de uma instituição pública que se perdeu nos seus rumos maiores, gerenciada por comadres e compadres que fazem rodízio no poder. Mas o fato pior é a consequência disso, ela tem funcionado como um fim em si mesma, principalmente.
É Estatuinte para lá, é eleição para reitor com elegíveis sendo os seus próprios índios do serviço público para cá, é ego inflado para lá, é sindicalismo que só olha para o próprio umbigo (e não para a sociedade) para cá…
E a sociedade vendo essa balança para lá e para cá sem sair do lugar, tonta, e pagando uma alta conta.
Por enquanto só barulho. Se tivesse algo importante não haveriam lugares vazios. Vide as últimas assembléias que trataram do assunto greve.
Cortar o ponto também não acredito. Teria que ser o reitor (salvo melhor juízo) e o mesmo é pré-candidato à reeleição.
Corte o ponto, MEC, corte o ponto.