Vandalismo – por Maiquel Rosauro
Uma vez, quando criança, peguei um pedaço de madeira no pátio de uma tia e trouxe para casa. Na minha imaginação, era uma espada perfeita.
Enquanto brincava, minha avó quis saber de onde eu tinha tirado aquela madeira. Quando eu contei, ela ficou furiosa e eu não entendi nada. Além do mais, qual o valor de um simples pedaço de pau que não serve para nada?
Resumindo a história, tive que devolver a “espada” e ainda levei uma longa bronca sobre não pegar as coisas dos outros.
No meu caso, uma bronca foi o suficiente para toda vida. Pena que nem todo mundo cresceu com uma avó furiosa em casa.
Na manhã de segunda-feira estive no Ginásio do Guarany-Atlântico, na zona Norte de Santa Maria, para acompanhar a avaliação de dois engenheiros da Prefeitura. O cenário é de abandono pelo poder público.
Como se não bastasse o vendaval que levou parte do telhado há um ano, tudo o que era possível carregar foi furtado, como a fiação elétrica, mangueira de incêndio, extintores, goleiras, redes, pias, vasos… E o que não levaram, destruíram!
As vidraças, em sua maioria, foram apedrejadas. O mesmo destino tiveram os refletores que os vândalos não conseguiram arrancar.
A porta de entrada foi derrubada e qualquer pessoa pode ingressar no local. Não é por acaso que no interior do ginásio havia um colchão, indicando que a estrutura interditada serve de pernoite.
Há dois dias me pergunto o que leva alguém a destruir um bem público. Há algum prazer nisso?!
Também não entendo a inércia da Prefeitura de Santa Maria. É tão difícil assim deslocar um guarda municipal para vigiar o ginásio?!
Como resultado, os R$ 300 mil já praticamente garantidos com Brasília para recuperar o local serão insuficientes porque não estavam previstos os atos de vandalismo. E essa conta, você sabe bem quem vai pagar!
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto também é de Maiquel Rosauro.
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