PREFEITURA. Pozzobom já pode se preparar para a pressão dos partidos aliados. Sim, eles querem cargos
De uma forma mais incisiva, pelo menos por enquanto, o prefeito eleito Jorge Pozzobom receberá a visita dos aliados de primeira hora: PP, DEM, PR e PROS. Em seguida, se não for ao mesmo tempo, virão os demais, a começar pelo PTB, que aderiu inteiro à aliança tucano-pepista. De início timidamente, mas sem temores, não demora e virão também os partidos que vieram pela metade, casos de PMDB e PDT, por exemplo.
O que une todas as siglas é a vontade de participar do novo governo. E apoiar as propostas de Pozzobom e (Sérgio) Cechin no parlamento. Mas, claro, querem participar ativamente, o que significa a ocupação de cargos. Como o prefeito eleito compatibilizará essa inevitabilidade com suas próprias ideias, bem, isso se saberá no correr do tempo.
Estará o editor delirando, poderá perguntar (e alguns até embrabecerem) um leitor? Bueno, então confira o material publicado na edição desta terça-feira do jornal A Razão. Aí, bem, aí entenderá, é a suposição. A foto é de Gabriel Haesbaert, do arquivo do jornal. A seguir, com as necessárias correções cronológicas:
“As negociações da base aliada…
…Passado o processo eleitoral, as atenções dos apoiadores do prefeito eleito Jorge Pozzobom (PSDB) se voltam para as articulações visando o futuro governo. Incluem-se nesse grupo tanto os partidos aliados desde o primeiro turno, que formaram a coligação principal, bem como aqueles que aderiram ao candidato no segundo turno, assim como as lideranças políticas que optaram por apoiar a chapa tucana. O PP, partido do vice-prefeito eleito Sérgio Cechin, já tem uma reunião marcada para hoje (terça) à noite.
“Vamos reunir o diretório para avaliar o resultado das eleições e agradecer à nossa militância pela vitória”, diz o presidente municipal do PP, Luiz Gonzaga Trindade… Outro encontro, este maior, será realizado pelo PP no próximo dia 11. Será um jantar, possivelmente no Clube Comercial. Na segunda-feira, Gonzaga e outros membros da executiva municipal do PP foram a Porto Alegre para convidar o presidente estadual do partido, Celso Bernardi, e deputados do PP, entre eles o parlamentar federal Jerônimo Goergen e o estadual Ernani Polo.
O PP integrou os oito anos da administração Cezar Schirmer/José Haidar Farret e quer continuar com seu espaço na Prefeitura. A tendência, no entanto, é ampliar sua participação, uma vez que os partidos da base governista se dividiram em três chapas no primeiro turno (DEM e PP foram com Pozzobom; o PMDB foi com Fabiano Pereira e o PDT lançou Marcelo Bisogno).
BASE ALIADA
Outro partido que está na base aliada de Pozzobom desde o primeiro turno é o DEM. O presidente da legenda em Santa Maria, Nelson Cauzzo, comenta que nesta quinta-feira a executiva da sigla terá um encontro na Sala de Reuniões da Câmara de Vereadores. “Vamos fazer um comentário sobre o quadro geral das eleições e organizar alguns tópicos para conversarmos com o Jorge daqui alguns dias”, relatou Cauzzo.
O presidente do PROS Santa Maria, Oséias do Nascimento Mota, diz que neste momento o partido, que também está na coligação de Pozzobom desde o primeiro turno, aproveita para descansar. “Estamos saboreando a vitória e descansando depois destes 60 dias de trabalho intenso. Ainda não temos ideia de quando vamos conversar entre nós ou com o Jorge”, comentou Mota.
A Razão tentou contato com a presidência municipal do PR, Anita Costa Beber, outra legenda da base aliada do tucano desde o primeiro turno, mas a presidente não atendeu aos telefonemas. Até o fechamento desta edição, ela não contatou a reportagem.
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Problema não são cargos. Problema são muitos projetos “alucinados” que existem na cidade, alguns com claro objetivo de beneficiar determinados segmentos da aldeia.
Não existe receita de bolo, técnicos resolvem alguns casos, políticos outros e uma mescla é necessário para o restante. Procuradoria e finanças requisitam preparo técnico, além da confiança (chefe de gabinete idem). Infraestrutura e mobilidade urbana (que podem até serem fundidos) requisitam preparo técnico e político. Controladoria é técnico. Desenvolvimento social e ação comunitária (que podem ser um só) é político. Educação e saúde requerem perfil misto. Cechin não pode ficar só para enfeite, tem que ter atribuições.
Maior risco da coisa é entregar secretarias para desconhecidos, pessas das quais não se conhece o trabalho. Solução é fazer um “contrato de gestão”, distribuir tarefas, elaborar cronogramas, cobrar resultados, acompanhamemnto. Porque deixar solto é pedir para não sair nada e receber justificativas ao invés de realizações.