UFSM. Ministério Público Federal pede explicações sobre acessos controlados por estudantes no Campus
Por MAURÍCIO ARAÚJO (texto) e GABRIEL HAESBAERT (foto), no jornal A Razão
A reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) responderia até ontem questionamentos do Ministério Público Federal (MPF) sobre as ocupações de prédios e seus desdobramentos. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Sindicato dos Professores (Sedufsm) também foram indagados pela procuradora do MPF Bruna Pfaffenzeller.
A procuradora procura fazer diagnóstico da atual situação das ocupações na UFSM na busca de conciliação. Conforme ela, busca-se levantamento sobre a quantidade de prédios ocupados, se os estudantes estão impedidos, parcialmente ou não, de entrar, quais atividades estão acontecendo e se há cerceamento de acesso.
O MPF, segundo a procuradora, quer saber se haverá prejuízos no calendário acadêmico, além de quais tratativas estão sendo feitas e quais as posturas adotadas pela reitoria da Universidade. Os esclarecimentos também foram pedidos ao DCE e Sedufsm.
A procuradora também questiona se as saídas de emergências dos blocos estão liberadas, já que os alunos fecharam os acessos principais dos prédios ocupados. Conforme a reitoria, o reitor Paulo Burmann enviaria, ainda ontem, as perguntas aos diretores dos centros, para que sejam averiguados os pedidos do MPF e, posteriormente, enviaria as informações.
Desde o dia 8 deste mês, pelo menos 12 prédios da Universidade foram ocupados por estudantes de vários cursos.
GREVE DOS PROFESSORES
Ontem, os docentes da Universidade iniciaram a greve da categoria. Já foi instalado o Comando Local de Greve dos professores da UFSM. Agendas e debates estão sendo programados para os próximos dias. Na sexta-feira ocorre reunião do Comando Unificado, em que participarão professores, servidores técnico-administrativo e estudantes.
A greve dos professores é por tempo determinado, até que a PEC 55 – que congela em 20 anos os gastos em Saúde e Educação – seja retirada da pauta do Senado.
Os professores se juntam aos técnicos, que estão em greve desde o dia 3 deste mês, e dos alunos, que estão em mobilizações desde o dia 8 de novembro.
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Mostra o viés que a imprensa local coloca na notícia: “PEC 55 – que congela em 20 anos os gastos em Saúde e Educação “.
A expressão correta seria: “limita o aumento dos gastos públicos à inflação acumulada no ano anterior por 20 anos, com possibilidade de revisão em 10”.
Negócio é tomar cuidado com o que for lido n’A Razão.