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BANRISUL. Oposição diz que Sartori faz uma “jogada ensaiada” com Brasília e a mídia para vender o banco

Privatização do Banrisul pode ser condição para acordo de renegociação da dívida do Rio Grande do Sul. Governistas negam intenção

Por LUÍS EDUARDO GOMES, no jornal eletrônico SUL21, com imagens de Reprodução

Surgiu primeiro como um boato, prontamente negado pelo governo do Estado. Depois foi parar na boca do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A possibilidade de privatização do Banrisul virou o principal assunto político no Rio Grande do Sul no final desta semana. Ela seria uma condição imposta pelo governo federal para aceitar a suspensão do pagamento da dívida com a União por três anos e oferecer um alívio financeiro de curto prazo. Oficialmente, o governo nega, mas a oposição já fala que o mero fato de trazer o assunto à tona já faria parte de uma estratégia para encaminhar um projeto nesse sentido.

A inclusão da privatização do Banrisul na renegociação da dívida do Estado com a União começou a ser debatida a partir de uma reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico na manhã de quinta-feira (26), em que é afirmado que a venda do banco seria uma exigência do governo federal para auxiliar o Estado.

Prontamente, o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB), veio a público negar esta possibilidade. O mesmo fez o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), afirmando que cabe ao RS decidir sobre a venda de quais bens será dado como garantida do acordo de renegociação da dívida.

Posteriormente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou ao Valor Econômico que a venda do Banrisul faz parte sim das negociações, mas que ainda estaria em análise.

Atualmente, a venda do Banrisul precisaria, obrigatoriamente, passar por um plebiscito para ser autorizada. A retirada dessa obrigatoriedade exigiria, ao menos, 33 votos favoráveis na Casa, margem difícil de ser alcançada se mantido o quadro visto durante a votação do pacote de ajuste fiscal em dezembro.

Posição da base

Nesta sexta-feira, o Sul21 ouviu representantes das maiores bancadas governistas (PMDB, PP e PDT) e também da oposição (PT) para fazer uma avaliação sobre a possibilidade de um projeto nesse sentido prosperar na Assembleia Legislativa.

O líder da governo na Assembleia, deputado Gabriel Souza (PMDB), foi veemente ao afirmar que esta possibilidade sequer estaria sendo discutida na bancada do partido. “Não existe nenhum diálogo referente a isso com a base aliada, simplesmente porque o governo do Estado descarta qualquer possibilidade de o Banrisul entrar na negociação com o governo federal”, disse.

Líder da segunda maior bancada governista, o deputado Frederico Antunes (PP) afirmou que os deputados do partido ainda não foram consultados sobre o assunto e, por isso, ainda não poderiam emitir qualquer posicionamento. “Enquanto o governo não nos consultar, eu não tenho opinião”, afirmou, classificando ainda como “ejaculação precoce” a discussão sobre o tema…”

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2 Comentários

  1. Chance maior é que saia o plebiscito. Sem o Banrisul. Afeta Santa Maria, não adianta renovar contrato com a Corsan e ocorrer privatização depois.

  2. Tomara que realmente aconteça essa venda. Estado não tem nada de se meter com banco, água, energia, pãezinhos, doces de abóbora, gráfica, petróleo, dispositivos anti-alarme nem talco para combater pulga de cachorro.

    Se já é absolutamente vergonhoso não cuidar de saúde, segurança e educação à altura do volume de impostos que pagamos, então se meter em atividades econômicas comuns que só deveriam caber à iniciativa privada é o fim da … Essas atividades só servem para desviar-se do foco, usá-las politicamente e lotar as empresas de comissionados, uma grande farra.

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