Por LUCIANA AMARAL, do G1, o portal de notícias das Organizações Globo
Presidente Michel Temer utilizou o perfil dele no microblog Twitter, na tarde desta quinta-feira (5), para justificar o uso da palavra “acidente” ao descrever a rebelião no início da semana em um presídio de Manaus (AM) que resultou na morte de pelo menos 56 pessoas.
Mais cedo, nesta quinta, ao se reunir com ministros da área de segurança, no Palácio do Planalto, o presidente falou pela primeira vez sobre a rebelião e classificou o episódio como um “acidente pavoroso” (assista lá no linque abaixo desta nota). O governo do Amazonas chamou de “o maior massacre” do sistema prisional do estado.
“Sinônimos da palavra ‘acidente’: tragédia, perda, desastre, desgraça, fatalidade”, publicou o presidente na rede social.
Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 5ª edição, de 2010, acidente significa “acontecimento casual, fortuito, imprevisto, acontecimento infeliz, casual ou não, e de que resulta ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc., desastre”.
Conforme o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 1ª impressão com alterações, de 2004, acidente significa “qualquer acontecimento, desagradável ou infeliz, que envolva dano, perda, lesão, sofrimento, ou morte”.
Repercussão nas redes sociais
Desde que Temer se referiu à rebelião como um “acidente pavoroso”, usuários nas redes sociais passaram a criticá-lo.
Um desses usuários, por exemplo, disse ser “ridículo um presidente advogado não, ao menos, reconhecer a falência do sistema penitenciário. Acidente não é palavra pra isso”.
Outro usuário publicou: “Presidente, o senhor usou a palavra errada para o fato ocorrido. Não adianta buscar sinônimos”.
O G1 procurou a assessoria de Temer, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Governo local sabia de riscos, diz ministro
Nesta quarta (4), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse à imprensa, após se reunir com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, que as autoridades do Amazonas sabiam da possibilidade de fugas e rebeliões no presídio onde houve o massacre em Manaus.
De acordo com o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, a avaliação entre os integrantes do Palácio do Planalto é que o governador do Amazonas, Claudio Melo, vive uma situação delicada.
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