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VERGONHA. A cada 25 horas, no ano passado, uma pessoa LGBT morre como vítima da violência no Brasil

Por FERNANDA CANOFRE, originalmente publicado no jornal eletrônico SUL21

Os corpos de dois professores foram encontrados carbonizados em um porta-malas, em Santa Luz, na Bahia. Um homem de 34 anos morreu degolado e esquartejado, em Porto Velho, Rondônia. A 4.300 km dali, em Belém, capital do Pará, outro homem morreu com 80 facadas atravessadas no corpo. Mesmo Estado em que Brenda foi espancada e jogada do alto de uma passarela, na cidade de Castanha. Mesmo Pará onde um menino de 10 anos morreu violentado e espancado. No Paraná, uma menina trans de 14 anos foi encontrada morta a beira de um lago. Em Porto Alegre, um homem trans morreu com 17 tiros e terminou arrastado pelo carro de seus assassinos.

Essas são apenas algumas das 343 mortes de pessoas LGBT registradas em 2016 no Brasil. Uma morte a cada 25 horas. Um ano em que os registros e a violência bateram recorde, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia que, há 37 anos, faz o trabalho de resgatar dados e informações nas cinco regiões do país para revelar até onde vai a homo-lesbo-transfobia – em 2015, haviam sido levantados 318 casos. O último relatório do GGB foi divulgado nesta segunda-feira (23).

Segundo o levantamento, os crimes contra LGBTs atingem todas as cores, idades e classes sociais. Dos dados levantados, 64% das vítimas eram brancas e 36% negras. A mais jovem tinha 10 anos, a mais velha 72. Mortes de pessoas entre 19 a 30 anos foram a maioria – 32% dos casos. Em seguida, menores de 18 anos – 20,6% dos casos. Vítimas já na terceira idade representaram 7,2% dos casos. O GGB aponta que os dados também denunciam a grande vulnerabilidade a que estão expostos adolescentes LGBT no país.

Quando se fala de vulnerabilidade, as travestis e transexuais seguem sendo a população que mais sofre violência. O relatório do Grupo Gay afirma que , proporcionalmente, uma mulher trans tem 14 vezes mais chance de ser assassinada do que um homem cisgênero gay. Comparado aos números dos Estados Unidos – que registrou no ano passado 21 trans assassinadas contra 144 no Brasil – o risco de brasileiras morrerem por morte violenta é 9 vezes maior. São elas também quem têm mais chance de morrer na rua, por arma de fogo ou espancamentos.

Os gays, por outro lado, são o grupo que registrou maior número de mortes em 2016: 173. Seguido por trans e travestis, com 144. Houve 10 vítimas identificadas como lésbicas, 4 bissexuais e 12 heterossexuais – pessoas em relacionamento com pessoas trans do sexo oposto ou que morreram por defender LGBTs, como foi o caso do ambulante assassinado no metrô de são Paulo, na noite de Natal.

Este ano, além dos homicídios, o grupo decidiu incluir na contagem os suicídios de pessoas LGBT, motivados pelo preconceito e discriminação contra identidade de gênero e/ou orientação sexual…”

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Um Comentário

  1. Pessoal do politicamente correto não se emenda. Para eles os “direitos humanos” têm clientes preferenciais. Anuario de segurança publica de 2015 dá conta que em 2014 ocorreram 58559 mortes violentas no Brasil (não melhorou de lá para cá). Perto de uma a cada 10 minutos (um ano tem 525600 minutos). Ou seja, arredondando, para cada pessoa LGBT morrem 150 que não são.
    Na época do massacre em Manaus, a esquerda chiou para a falta de destaque ao maluco de Campinas que matou a mulher, o filho e mais um monte de gente. Alguns questionaram se era “questão de aritmética”. Em alguns casos é.
    Pessoal da comunidade LGBT não é “pior” do que os demais integrantes da população. Mas também não é “melhor”.

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