Claudemir PereiraJornalismo

ESQUINA DEMOCRÁTICA. Afinal, hoje é dia do trabalho ou do trabalhador?

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3 Comentários

  1. muito bom teu lembrete, amigo Henrique, só que, não existe ex-operário LULA(ele continua trabalhando pelo BRASIL, mesmo com sua enfermidade, e, pelo que sei, o movimento sindical, em sua maioria, não quer mudança na atual CLT do meu conterrâneo VARGAS de SÃO BORJA0-RS, pois tentaram mudança desta antiga lei e os sindicatos solicitaram aos deputados que sentem no projeto, pois desconfiam de perda de ganhos obtidos na era VARGAS; eu gostaria de imaginar a revolução que foi a tal lei naquela época; verificando nossa história, o BRASIL, quando da conquista mundial pela lei das 8h de trabalho, ainda tinha seus escravos, que só foi abolida pela dona Aurea em 1888, mas ainda enfrentam problemas até hoje, quando lutam por cotas da cor.

  2. Claudemir, atrasado, mas vai. Um artigo sobre o 1 de Maio que escrevi em 2008; relembrei e decidi socializar algumas partes. De qualquer forma, o dia que for somos nós que devemos construir, seu sentido e sua prática! Abraços

    Dia do trabalho ou do trabalhador?

    Na Europa, o progresso da Revolução Industrial criou também uma gigantesca massa de trabalhadores, os chamados “proletários” (que não possuem propriedade, apenas os filhos e a força de trabalho), derivados do êxodo rural forçado através das pressões econômicas e coerção direta dos Estados (o que não deixa de ser um fenômeno atual). Em todo o mundo, essa massa de trabalhadores começava a se tornar uma grande força que questionava a ordem social e econômica, ao qual estavam e continuam sendo subjugados através da expropriação de seu trabalho pelos proprietários da terra, da indústria e do comércio. Reunidos sob o lema “operários de todo o mundo, uni-vos!” e sob o corolário das idéias comunistas/socialistas/anarquistas, contrapunham-se à ordem instaurada pelo capitalismo. Esta peleja também foi uma constante no Brasil, principalmente na luta dos escravos contra senhores, na criação de sociedades autônomas – os quilombos – e na luta dos trabalhadores assalariados a partir do início do século XX, através de greves, pela participação política e pela mudança social.

    O primeiro de maio, enquanto data rememorativa tem origem em manifestações ocorridas nos Estados Unidos no final do século XIX. Em Chicago, no dia 1º de Maio de 1886, os operários norte-americanos entraram em greve geral: “A partir de hoje nenhum operário deve trabalhar mais de oito horas diárias. Oito horas de trabalho! Oito horas de repouso! Oito horas de educação!” Vários operários são mortos na repressão policial que se seguiu (as greves eram consideradas ilegais) e cinco líderes condenados à morte por enforcamento. Nos anos seguintes, a classe se organiza anualmente para relembrar os mortos e prosseguir com a luta. A proposta é aprovada em Paris, no encontro da Associação Internacional dos Trabalhadores em 1889 e, pelo seu êxito em congregar lutas, é aprovada a manutenção anual da data para a manifestação da classe trabalhadora internacionalmente. A bandeira das 8 horas de trabalho torna-se o centro da luta naquele período.

    No Brasil, a apropriação da data não deixou de ser diferente, mas logo foi subvertida em seu sentido original. No pós-1930, Vargas dá caráter oficial e recreativo a data, sempre decretando direitos trabalhistas e aumentos no dia, mas com o intento de agregar os trabalhadores de forma moderada ao nacionalismo e a fim de reprimir o movimento operário comunista/anarquista que na época angariava apoio expressivo. Assim o 1º de Maio foi promovido a “dia do trabalho”, e não do trabalhador, que é quem realiza o trabalho e é quem mais sofre as conseqüências da não distribuição democrática e igualitária da riqueza produzida.

    Mesmo tendo sido conquistado um ex-operário à presidência, as políticas em relação aos trabalhadores continuam sendo constantemente ameaçadas. As direções sindicais encontram-se cada vez mais aparelhadas na estrutura corporativa descendente do período Vargas e poucas lutas vem ocorrendo para mudar este quadro em direção a outro projeto societário. Apenas a nossa luta e conscientização cotidiana, organizada em partidos e associações de classe contendo propostas revolucionárias, poderá nos levar a criar uma sociedade em que possamos estabelecer a regra máxima do “cada um segundo suas capacidades, cada um segundo suas necessidades”. Aí, talvez, o sentido do 1o de maio seja realmente concretizado.

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