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O ano em que fiz parte da história de A Razão – por Luiz Roese

Não posso deixar de falar na minha participação no jornal A Razão, que encerrou sua grande história no último final de semana, Não foi uma longa carreira lá, mas significou muito para mim.

Em 2013, depois de deixar o Diário de Santa Maria em maio, depois de quase 10 anos, fui trabalhar em Porto Alegre na redação do Portal Terra, como subeditor de Eleições. O editor-chefe de A Razão, José Mauro Batista (hoje um grande amigo), chegou a me ligar pouco tempo depois, convidando-me para trabalhar lá, mas expliquei que estava apalavrado com o Terra até novembro daquele ano. E acabei vindo, no mês prometido, para me juntar aos quadros do jornal da Rua Serafim Valandro.

Uma curiosidade: quando cheguei a Santa Maria, em novembro de 2003, minha primeira morada foi uma casa na Rua Paul Harris, bem pertinho de A Razão. Fui trabalhar no Diário de Santa Maria, mas enxergava quase todos os dias o prédio do antigo jornal.

Voltando ao trabalho em A Razão, foi uma experiência incrível. Afinal, as dificuldades não eram poucas. A redação era bem pequena, com pouca gente, os computadores eram precários, os telefones tinham de ser usados via telefonista e com parcimônia, e nosso único veículo era uma Kombi que tinha de ser dividida com todos os setores do jornal.

Era difícil? Sim. Era ruim? Não! Pois, no fundo, fazíamos o que mais gostávamos: jornalismo. As dificuldades só faziam aquela pequena equipe se unir mais. Cada “furo” de reportagem era muito comemorado. E, ali, você era repórter, editor, pauteiro e, por vezes, fotógrafo. Ou seja, também havia muito aprendizado.

Enchi-me de orgulho quando, como repórter de A Razão, fui convidado para ser mediador de uma debate na Feira do Livro de Santa Maria. O jornal ainda me permitiu que eu fosse correspondente do Portal Terra em Santa Maria. Enfim, foi uma experiência inesquecível aquele ano de 2013.

Comecei em A Razão sob a égide do amigo Alexandre De Grandi, pois dona Zaira De Grandi estava fora, tratando-se de um câncer. Mas depois tive a oportunidade de conviver e conversar muito com ela. Não me esqueci que ganhei, no Natal de 2013, uma gravata das mãos dela. Grande figura. Logo depois, em janeiro de 2014, fui embora para Porto Alegre.

Por tudo isso, só posso sentir uma enorme tristeza ao ver o fim do jornal. Perde o jornalismo, perde o leitor, fecham-se empregos. Não é bom nem para a concorrência. Mas é uma tendência mundial.

A Razão sempre será lembrada como parte da história de Santa Maria. História que ela muito ajudou a contar. E isso não é pouca coisa.

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