O mundo mudou. E o jornalismo também – por Maiquel Rosauro
Outro dia fui convidado a participar com uma conversa com duas turmas do curso de Jornalismo da Unifra. O tema era “Jornalismo Investigativo”. De início, não curti muito a ideia, pois minhas matérias nesta área só me trouxeram problemas (uma ameaça de processo que nunca se confirmou e duas visitas a delegacias de Polícia Civil para colaborar com as investigações). Porém, como é sempre um prazer voltar à instituição onde me formei, aceitei ao convite.
Os dois encontros, realizados em noites diferentes, foram bem produtivos. Reencontrei estagiários e conheci jovens promissores. Logo ficou claro para mim que a formação em Jornalismo mudou muito desde que sai da faculdade, há dez anos.
Quando me formei só pensávamos em atuar em quatro áreas: impresso, rádio, televisão ou assessoria de imprensa. Hoje não, a garotada está com a mente mais aberta, analisa criticamente cada mídia, reconhece o potencial do on-line e já se aprofunda em jornalismo de dados.
A crise econômica acertou em cheio as empresas jornalísticas, inclusive em nossa cidade onde um jornal impresso foi vendido e outro fechado. Porém, percebo que a crise não está no jornalismo em si, mas na mídia tradicional.
O mundo mudou e grandes veículos pararam no tempo, acreditando que os anunciantes não zarpariam para as novas mídias. Mal sabem eles o que é possível fazer com R$ 30 no Facebook…
Vivemos um momento de transição no qual o conteúdo é a alma do negócio. Hoje em dia até o prefeito de Santa Maria cria conteúdo online… e ainda faz isso ao vivo e com naturalidade.
Não é mais possível fazer jornalismo apenas por telefone. O piso da categoria é vergonhoso e nos obriga a ser proativos, mais críticos e a nunca ter preguiça. Se você não desenvolver a pauta que tem em mente, pode ter certeza, eu vou fazer!
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