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CIDADANIA. Congresso de Educação Popular acaba e se mantém como marco de resistência dos professores

Centenas de professores vindos de todos os cantos participaram do Congresso de Educação Popular encerrado nesta sexta, em Santa Maria

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site

O 17º Congresso Internacional de Educação Popular – Mobrec/SM foi encerrado (foto acima). nessa sexta-feira (12), com grande participação de educadores de toda a região Central do Rio Grande do Sul. O evento teve início na segunda (8), no Clube Recreativo Dores, onde foram realizadas palestras, seminários, debates e atividades culturais.

Conforme a coordenadora do Mobrec – Núcleo de Santa Maria, Rosa Maria Pinto Guindolin, foi priorizado o debate em todos os espaços para que o Congresso pudesse ser propositivo.

“Buscamos fortalecer os educadores na esperança, coragem, resistência e luta a fim de mudarmos todos os atos que fragilizam a vida, sobretudo, dos mais pobres e vulneráveis”, explica Rosa Maria.

Um dos temas mais discutidos nesta edição foi o projeto Escola Sem Partido. De forma geral, os educadores são contra a proposta que limita o debate em sala de aula.

“Escola Sem Partido é um crime. A função do professor é discutir os problemas da sociedade”, criticou o sociólogo Pedrinho Guareschi em palestra na manhã de quarta (10).

Entre os palestrantes deste ano estiveram o jornalista Marcelo Canellas, a presidente do CPERS/Sindicato, Helenir Schürer; a diretora pedagógica do Instituto Paulo Freire, Francisca Rodrigues de Oliveira; Tania Mariza Kuchenbecker Rösing, que durante muitos anos coordenou a Jornada Literária de Passo Fundo; entre outros.

O congresso foi promovido pelo Movimento Brasileiro de Educadores Cristãos de Santa Maria (Mobrec/SM), Instituto Federal Farroupilha (IFF/RS), CPERS/Sindicato e Prefeitura de Santa Maria, através da Secretaria Municipal de Educação. O evento teve apoio do Centro de Educação da UFSM, Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Projeto Esperança/Cooesperança.

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2 Comentários

  1. A valorosa escola ensina-nos conhecimento que nos ajuda a tomarmos decisões mais corretas sobre tudo porque aumenta o nível de consciência.

    Não são as ideologias que aumentam a consciência das coisas, pois elas são míopes, quando não cegas, porque são ignorantes da realidade. Para ideologias, a realidade é só um detalhe (quando é conveniente).

    Escola que ensina conhecimento para as massas fez países ricos. Coreia do Sul saiu do estado de um país de analfabetos agrários pobres em superpotência rica em uma geração (tempo de 40 anos) por causa das massas de crianças bem formadas e capacitadas que foram obrigadas a ir para a escola e tirarem boas notas.

    Coreia do Sul é o que é por causa da escola. Da boa escola tradicional. Não porque foram palco de ensinamentos ideológicos. As crianças lá estudam hoje quatro turnos, dois obrigatórios e mais dois em casa para se candidatarem para as melhores vagas nas universidades. Vejam como a sociedade valoriza a escola. Como as pessoas valorizam conhecimento. Lá não tem “coitadismo” e cotas injustas. Lá tem mérito. Isso funciona. Faz países ricos. Lá a escola não é ideológica porque é uma escola de verdade. E funciona.

    Conhecimento é que nos capacita para sermos úteis a sociedade através de uma profissão. Quanto maior é o nível de escolaridade, maior é renda e maior a empregabilidade. Há pobres em massa aqui porque não tiveram uma escola real e decente. Isso é fato.

    Quando a escola piora cada vez mais nesse país de gestores políticos irresponsáveis com seus cidadãos, e inclusive porque a escola se partidarizou demais da conta e também porque assumiu ideologicamente o “coitadismo” pedagógico – que deixa avançar nas séries os analfabetos funcionais que se “formam” no Ensino Médio sem saber ler e entender o que diz um manual de instruções-, todos saem perdendo.

    Não avançamos em nada nesse país porque a escola parou no tempo. Perdeu a sua missão real. Porque governantes, por décadas, de todos os partidos (nem os vermelhinhos “salvadores” se preocuparam com escola de verdade), não querem saber de fazer da escola de verdade a mola mestra para se alcançar o patamar de país de Primeiro Mundo. E porque, sim, também é evidente, o que ajudou na piora da escola foi ela ter virado palco político/partidário corporativista de professores que perderam a noção do papel real da escola e deles mesmos.

    Sim, está mais do que na hora de voltar a fazer da escola aquela escola de verdade, eliminando a presença das ideologias dentro dela. Qualquer uma, seja ideológica ou religiosa. Chega de ignorância (trevas) dentro da escola.

  2. Mais uma reunião para juntar a “tchurminha” para a “luta” político/partidária e corporativista de sempre. Olhem as expressões que usam, as mesmas centenárias, sem pé na realidade porque nunca levam a lugar algum.

    Deveriam se reunir para avaliar cientificamente métodos pedagógicos eficientes, currículo adequado aos novos tempos, novas tecnologias educacionais, mas não, se reúnem como ambiente terapêutico de autoajuda ideológica, como se isso fosse melhorar ou se fosse bom para a educação. Nunca foi.

    Escola é algo que deveria ser a única instituição considerada sagrada nesse mundo.

    Porque a missão dela é valorosa e suprema: ensinar CONHECIMENTO comprovado. Que funciona. Que ensina a realidade das coisas. Em paralelo, treinar o cérebro para ser cético, buscar provas, analisar racionalmente com método o aprendizado para desvelar as reais causas das coisas e daí se pode resolver problemas com eficiência. Escola deveria ser palco de aprendizado de conhecimento. Não qualquer um, mas aquele que mostra como a realidade funciona. Balizado por evidências. Porque isso nos tirou das cavernas, dos tempos da ignorância. Ignorância é grande mal do mundo.

    Só com conhecimento balizado realmente melhoramos a vida de todos nos últimos 500 anos, desde que o método científico foi inventado. Conhecimento que vem do fazer ciência, não de ideologias nem de partidos. Muito menos de religiões ou filosofias de botequim.

    Sem a escola tradicional (que ensina conhecimento derivado da ciência) estaríamos vivendo ainda no mundo das cavernas e das superstições, ou seja, coçando nossos piolhos e maldizendo os deuses pelas nossas dores de dentes insuportáveis.

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