CRISE POLÍTICA. Conheça a estratégia de Temer no ‘vale-tudo’ para continuar na Presidência da República
Originalmente no Portal PODER 360, com foto de Reprodução
Pressionado pelo FriboiGate, Michel Temer (PMDB) decidiu endurecer na luta para manter-se na Presidência. A ofensiva do presidente moveu peças em ministérios, BNDES e no Congresso. O Poder360 resume a seguir os principais pontos:
Torquato na Justiça– o novo titular da Justiça foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral (1988-1996), que está para julgar a cassação do presidente (6.jun) no processo contra a chapa Dilma-Temer. Torquato tem trânsito nos tribunais superiores. Logo após assumir a pasta, declarou que pretende “avaliar” a substituição do diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Paulo Rabello de Castro no BNDES– a saída de Maria Silvia Bastos Marques foi pedida por empresários. Com a entrada de Paulo Rabello de Castro, o governo quer aumentar a capacidade de financiamento do BNDES, algo que Maria Silvia era contra.
Distribuição de benesses– será editada uma medida provisória do Refis, atendendo a reivindicações da bancada governista. Entre outras bondades, deve ser divulgada a MP do Funrural, parcelando dívidas do setor agrário.
Ofensiva contra a JBS– o BNDES é incentivado a executar as dívidas da JBS. Em seguida, haveria intervenção na companhia para expulsar os irmãos Joesley e Wesley Batista do comando. O Planalto patrocina uma CPI no Congresso para investigar empréstimos e compra de ações da JBS pelo BNDES e pelo BNDESPAR. Na CVM, a JBS é investigada por suposto lucro com sua própria delação.
Jogo duro com rebeldes– indicados de aliados rebelados continuam sendo demitidos. Na semana passada, foi exonerada a superintende da Suframa, indicada por Eduardo Braga (PMDB-AM). O senador votou contra a leitura do relatório da reforma trabalhista. Amanhã (3ª), a bancada do PMDB no Senado terá reunião. Os governistas tentarão destituir o líder Renan Calheiros (AL), crítico ao governo.
Reforma da Previdência por MP– caso a reforma da Previdência emperre no Congresso, o Planalto cogita baixar uma medida provisória para reduzir as despesas com benefícios.
PRECEDENTE
No passado, 2 presidente ameaçados fizeram o mesmo. Dilma Rousseff e Fernando Collor acabaram perdendo o cargo após processo de impeachment.
A petista partiu para o vale-tudo ao tentar fazer de Lula ministro da Casa Civil. Quis também nomear Eugênio Aragão na Justiça para enfrentar a Lava Jato. Fernando Collor radicalizou quando mudou ministros e chamou a população à rua para defendê-lo.
LAVA JATO NÃO PARA
Decano da Câmara, o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) não vê hipótese de Temer frear as investigações: “Não dependem mais da Polícia Federal. Estão sob o comando da Justiça e do Ministério Público. E não existe mais uma só Lava Jato. São várias, em vários Estados e várias instâncias”.
A VANTAGEM DE TEMER
Outro decano da política, o deputado e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB) ressalva: “Temer não é temperamental como Dilma e Collor. E tem mais experiência com o Congresso”.
MP PARA MOREIRA FRANCO
O presidente deve editar nos próximos dias uma MP para manter o foro privilegiado de Moreira Franco, ministro da Secretaria Geral da Presidência. A MP 768, que criou a pasta de Moreira e o Ministério dos Direitos Humanos, perde a validade na 6ª feira (2.jun) e não deve ser aprovada a tempo.
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Joesley Safadão para presidente. Marcelinho Odebrecht ainda tinha que entregar obras, de qualidade discutível, superfaturadas, mas tinha que entregar. CPI é bobagem. MP na reforma de previdência é bobagem (precisa de emenda constitucional). Conclusão: chinelagem do primeiro ao quinto, debate sério que é bom, nada.
Colocam o que interessa e o resto deixam fora. Policia Federal, dizem por aí, é feudalizada. Tucanos, petistas, um povo mais novo independente, viúvas do Tuma. Trocar o chefe, com em qualquer burocracia, não muda nada. Maria Silvia saiu na base do “não preciso desta M” (depois reclamam porque gente decente não entra na política, só reclama). Paulo Rabello fala mais do que o homem da cobra, ameaça Meirelles. Não é benesse, recolhimento do Funrural foi discutido uns trocentos anos na justiça. Muita gente boa não contigenciou grana para pagar caso “desse ruim” no judiciário. Sem Refis dá quebradeira. Não sei como desenharia isto para explicar.