Eleições 2018JornalismoPolítica

POLÍTICA. Lula admite, durante entrevista ‘exclusiva’ ao SBT: “se houver necessidade, sim, serei candidato”

Lula: “se houver necessidade de defender um projeto que fez com que os pobres fossem vistos neste país, que incluiu milhões e milhões de pessoas, para defender esse projeto, se eu perceber que ele vai correr risco, você não tenha dúvida de que eu estou disposto a ser candidato”
Lula: “se houver necessidade de defender um projeto que fez com que os pobres fossem vistos neste país, que incluiu milhões e milhões de pessoas, para defender esse projeto, se perceber que vai correr risco, não tenha dúvida de que estou disposto a ser candidato”

Foram 40 minutos de uma entrevista exclusiva ao repórter Kennedy Alencar. Foi transmitida pelo SBT agora há pouco. E é a primeira em muito tempo, em que não se furtou a responder qualquer pergunta. E olha que o jornalista não se furtou a fazê-las.

Dá pra dizer, com alguma chance de acertar, que foi um evento jornalístico histórico – e que você não verá em outra emissora de televisão. Inclusive porque não o convidarão para falar o que quiser. Ah, ele é o Cara, Luiz Inácio Lula da Silva.

Você pode escolher o tema (lá embaixo há o acesso à íntegra), e ele foi tratado. O governo Dilma, por exemplo. As acusações que lhe impingem os adversários e a própria mídia (vide ex-revista Veja e também as demais grandonas, Época e IstoÉ), as manifestações de Fernando Henrique Cardoso. A Lava Jato. A Zelotes. Está tudo ali.

Mas este editor resolveu destacar uma, que talvez esteja na origem do muito que tentam atacar o ex-presidente: a sua possível recandidatura ao Palácio do Planalto. E, tão explicitamente, é a primeira vez que admite concorrer. E explica por quê.

Esse é o trecho específico desta questão. Ah, a foto é de Reprodução. Confira:

“…K – Pois é, presidente, sempre se fala numa nova candidatura do senhor ao Palácio do Planalto. Quando o senhor aborda o assunto, é sempre de uma maneira meio dúbia. Assim: “Não posso dizer que sou nem que não sou”, falou isso no final de agosto. Também falou assim: “Se a oposição pensa que vai ganhar, que não vai ter disputa, que o PT está acabado, ela pode ficar certa do seguinte: se for necessário, eu vou pra disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições”. Primeiro, o senhor tem vontade de ser candidato novamente à Presidência? Segundo, a bandeira de impedir a vitória da oposição não é uma bandeira pequena?

L – É pequena. Se for apenas para enfrentar a oposição, não precisa nem ser candidato. O que é importante é que você defenda um projeto político, que nós defendemos e que incluiu milhões de brasileiros, participando da economia, participando da distribuição de riqueza neste país. Então, para defender esse projeto, eu posso ser candidato outra vez. Agora, obviamente que você não pode discutir isso com três anos de antecedência.

K – Mas o senhor tem vontade de ser candidato?

L – Não se trata de ter vontade. Eu não tinha vontade em 89, não tinha vontade em 94. Você vai porque tem uma necessidade partidária, uma necessidade de um agrupamento de pessoas. E você vai.

K – Se houver necessidade, o senhor será candidato.

L – O que que eu posso dizer pra você: se houver necessidade de defender um projeto que fez com que os pobres fossem vistos neste país, que incluiu milhões e milhões de pessoas, para defender esse projeto, se eu perceber que ele vai correr risco, você não tenha dúvida de que eu estou disposto a ser candidato. Mas eu trabalho com a certeza de que este país produz tantas lideranças que podem surgir novas pessoas. Inclusive um jornalista da sua qualidade pode ser candidato. Escolher um partido e ser candidato. Mas é o seguinte, Kennedy, eu estarei na campanha de qualquer jeito. Eu estarei na campanha. Eu estou bem de saúde, estou motivado…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

2 Comentários

  1. Mesmo discurso de sempre. "Projeto que incluiu trocentos milhões, blá blá blá". Lula, como o PT, acha que é insubstituível. Reconhece o estelionato eleitoral e nem fica vermelho. Na verdade só se preocupa com uma coisa: Lula, sua família e seu partido. O Brasil que se lasque. Pensa em voltar em 2018 para tentar corrigir a bagunça que ajudou a criar. Sabe que o partidinho aquele não tem outro candidato viável.
    Como se desenha a eleição de 2018? Mino Carta outro dia escreveu um editorial na Carta Capital condenando o "ódio de classes". Quem mais prega a luta de classes no Brasil? Quem apostou na divisão para conseguir se eleger? Quem "fez o diabo" na eleição?
    Lula presta mais um desserviço: adianta a campanha política. País não pode viver em função de eleições.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo