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POLÍTICA. Fábio Ostermann e Valdir Oliveira realizam um confronto de alto nível sobre Reforma Trabalhista

Plenarinho da Câmara ficou lotado para acompanhar o debate entre Valdir Oliveira e Fábio Ostermann, no final da tarde deste sábado

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e fotos), da Equipe do Site

O Livres Santa Maria promoveu um debate de alto nível no fim da tarde desse sábado (10), no Plenarinho da Câmara de Vereadores. Durante uma hora e meia, o presidente estadual do partido, Fábio Ostermann, discutiu a Reforma Trabalhista com o vereador Valdir Oliveira (PT).

O público era formado majoritariamente por jovens ligados ao Livres (ex-PSL). Mas também havia militantes do PT, PCdoB e alguns empresários. Desde que o debate teve início, ninguém arredou pé do Plenarinho antes do seu desfecho.

Fábio posicionou-se de maneira favorável à reforma, uma vez que, segundo ele, a iniciativa não retira nenhum direito trabalhista. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é criticada pelo presidente do Livres por frear o desenvolvimento do Brasil e a diminuição do emprego.

“A CLT impede a criação de novas vagas devido à dificuldade de demitir e de empregar”, argumenta Fábio.

Em sua apresentação, Valdir, que é contrário a Reforma Trabalhista, questionou quem a iniciativa irá beneficiar. O petista entende que os trabalhadores precisam ser livres para dizer o que pensam sobre as alterações.

“A reforma está sendo imposta ao trabalhador, pois só vai beneficiar o empregador”, explica Valdir.

Ideologias diferentes do petista Valdir e do liberal Fábio enriqueceram a discussão do tema ainda em análise no Congresso Nacional

Em seguida, os debatedores começaram a responder as perguntas do público. A primeira questão era relacionada aos sindicatos. Valdir disse que os trabalhadores têm a liberdade de se sindicalizar e defendeu a contribuição sindical, uma vez que o valor é importante para organizar a categoria.

“Quando o sindicato conquista algo, toda a categoria recebe”, opina o petista.

Já Fábio ressaltou que o trabalhador sente-se feliz em se sindicalizar quando reconhece o valor do sindicato. Ele afirma ser contra o imposto sindical porque o dinheiro beneficia as “máfias sindicais” ao invés dos interesses do trabalhador.

“Hoje as centrais sindicais defendem o presidente A ou B ao longo dos anos”, avalia.

Valdir rebateu dizendo que um sindicato fracionado é mais fácil de ser manipulado e lembrou que os patrões também possuem os seus sindicatos, que por sua vez são ligados a partidos políticos que defendem a Reforma Trabalhista.

Fábio destacou que a visão marxista de ver o trabalhador como um coitadinho e o patrão como um vilão está equivocada. Segundo ele, capital e trabalho não vivem um sem o outro e que ambos precisam estar em cooperação.

A questão seguinte foi sobre trabalho intermitente, no qual Fábio ressaltou que demitir um funcionário é algo muito caro. Ele apoia o trabalho em home office para diminuir os custos das empresas.

Já Valdir apontou que mais liberdade é o grande sonho dos patrões, enquanto que os trabalhadores querem a garantia do emprego. Conforme o petista, muitos chefes, se pudessem, pagariam o mínimo possível e quem garante o salário são as leis trabalhistas.

Por fim, Fábio criticou o pagamento do FGTS, enquanto Valdir posicionou-se de forma contrária a terceirização de trabalho.

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4 Comentários

  1. Não há nada nessa reforma trabalhista que prejudique o “trabalhador”. Inclusive é uma reforma pífia, pequena, quase cócegas frente às reais mudanças necessárias estruturais que se precisa fazer. Mas é ruim para eles, claro, porque acaba com o imposto sindical obrigatório e o poder econômico e político/ideológico daí advindo.

  2. Os vermelhinhos nunca gostam de que as coisas melhorem, nem para os trabalhadores, nem para os cidadãos, nem para ninguém. Só pensam nos privilégios dos sindicatos e manter as estatais, para jogar um monte de comissionados lá dentro quando assumirem o poder de novo. Eles adoram que todos sejam tratados como infantilizados, para que eles sejam os “super-heróis” de tudo e de todos. Vejam no que deu bancando os super-heróis por 13 anos, vamos precisar de 10 anos agora para recuperar o PIB perdido (e os empregos).

  3. Dia 4 de junho de 1944. Soldados discutem a decisão estratégica de Eisenhower. Para eles invadir a Normandia é errado, deveriam tentar outra coisa.

  4. Qualquer debate nesta área que poderia ter sido feito há quarenta anos com o mesmo objeto e o mesmo conteúdo é simplesmente perda de tempo. Brasil não é uma ilha e os tempos mudaram.

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