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ESTADO. Greve dos policiais civis termina. Já a greve dos educadores, “terminou” apenas para o governo

Paralisação dos educadores estaduais não tem data para ser encerrada. Foto Maiquel Rosauro / Arquivo

Por Maiquel Rosauro

Após cinco dias de mobilização, os policiais civis gaúchos encerraram a paralisação da categoria. Já os educadores, em greve desde o dia 5 de setembro, foram pegos de surpresa com uma proposta do governo do Estado para recuperar as aulas.

Conforme o diretor da UGEIRM/Sindicato, Isaac Ortiz, que representa os policiais civis, a greve foi finalizada devido à quitação total dos salários da Polícia Civil, nessa sexta-feira (13). Contudo, ele deixou claro que uma nova paralisação pode ocorrer em outubro.

“O governo já sabe que, caso não pague nossos salários, a reação será imediata. Vamos manter nossa mobilização, para conquistarmos as promoções e nossos salários em dia”, destacou Ortiz.

Também nessa sexta, o governo divulgou uma nota relatando que “como a maioria dos servidores que aderiram à greve do magistério já retornaram às atividades (mais de 70% dos estabelecimentos estão funcionando normalmente), a Secretaria da Educação (Seduc) encaminhou orientações e critérios para a reorganização do Calendário Escolar 2017, para as escolas que se encontram em funcionamento normal a partir desta segunda-feira (16)”.

De acordo com o calendário proposto, as escolas poderão utilizar todos os sábados disponíveis até a integralização do ano letivo de 2017, com encerramento previsto para o dia 14 de janeiro.

“A integralização do calendário escolar das etapas/modalidades ofertadas pelas escolas no turno da noite não utilizará sábados. Nos casos dos professores que seguirem em greve, a recuperação pode se estender até abril de 2018”, diz a nota do governo.

CPERS diz que é blefe
Tão logo tomou conhecimento da intenção do Piratini, o Comando Estadual de Greve do CPERS/Sindicato veio a público criticar a medida.

“Como podem organizar um calendário escolar sem que a greve da categoria tenha encerrado? Como recuperar as aulas se sequer foram negociados os dias parados? O que a Procuradoria Geral do Estado – PGE está fazendo em Brasília para cassar a nossa liminar? Fica evidente que o governo está blefando para tentar enfraquecer a greve dos educadores, que segue forte e com o apoio da comunidade”, diz a nota do CPERS.

O CPERS também apresentou números para sustentar a tese de que a greve segue firme em todo o Estado.

“O governo fala que 70% das 1.176 escolas estão trabalhando. Mas são 2.545 escolas. As restantes estão em greve. Portanto mais de 60% das instituições estão em greve. Como as maiores estão paradas, reafirmamos: 75% DA CATEGORIA (e não das escolas) segue em greve”, ressalta o Sindicato.

Os educadores reivindicam uma proposta que contemple o pagamento em dia e sem parcelamento. A greve não tem data para ser encerrada.

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