SALA DE DEBATE. Na volta do editor, situação das estradas e o pedágio em alta. Mas também a política
Pelo menos para este editor, foi diferente o Sala de Debate de hoje, na Rádio Antena 1. Foi o primeiro, desde 11 de agosto, quando teve que deixar o programa em meio e só retorna agora, após longo tratamento de saúde, ao fim do qual, teve implantadas três pontes de safena e uma mamária.
Agora, em acordo com a direção da emissora, não mais o âncora – função a cargo do radialista Roberto Bisogno, mas debatedor fixo diário. Reapreendendo, vamos assim dizer, com o auxílio dos titulares de hoje, Elvandir Costa, Luiz Ernani Araújo, Alfeu Bisaque Pereira e Walter Jobim Neto.
Entre os temas abordados, a eleição de 2018, o carinho dos ouvintes para com o (re)estreante e a situação das estradas do Rio Grande do Sul, pra lá de complicadas – com suas exceções e não valendo, longe disso, o pedágio cobrado.
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Remédio para o empresariado é manter a maior distância do Estado possível, ficar longe de transporte pública, rodovias pedagiadas e qualquer outro tipo de concessão. Dinheiro não paga o incômodo. E para os multados basta vergonha na cara e obedecer as regras, elas não existem para serem obedecidas conforme a conveniência.
Isso no Rio Grande do Sul, claro, já que as regras aqui podem mudar a qualquer momento, basta entrar um vermelho da velha guarda no poder que lá vem passeata anti-isso e antiaquilo, exigindo estatização para colocar a companheirada nos cargos comissionados.
Esse estado virou um deserto de investimentos depois do caso Ford, não repararam? O de bigode (não o Ford Bigode, mas é dos mesmos tempos) desceu do cavalo e berrou, como gaudério dos pampas, que aqui não tem frescura e quem manda é o Estado. “Xõ Ford!, disse ele. E deu no que deu, traumatizou os investidores até hoje, mesmo que os números dos retornos dos investimento aqui fossem bons por se estar mais perto do Mercosul. Até o negócio principal da Dell já foi embora. A GM, quanto tempo mais?
Ligação POA-Santa Cruz do Sul tem que ser toda refeita. Não colocaram balanças, não fiscalizaram, caminhões com sobrepeso detonaram as vias. De Santa Cruz para cá, depende do horário. Em alguns quase não tem movimento (não justifica duplicação). Multas? Regras (teoricamente) têm que ser obedecidas mesmo sem fiscalização. Povo gosta de reclamar quando recebe uma notificação. E parte para a auto-vitimização. É uma “indústria”. A estrada “é boa naquele lugar, o limite devia ser maior”. O pardal “é uma emboscada caça-níquel”.
Discurso é sempre o mesmo. Estado (lato sensu) não tem dinheiro e nem capacidade para resolver os problemas. Querem que empresários assumam a “bronca” e “não ganhem muito”. Ou seja, pedágio tem que ser barato e as estradas tem que ser reformadas e duplicadas. Parece o caso da vigilância dos bancos. Estão ganhando dinheiro “demais”, logo podem dar uma “aliviada” na segurança estatal e não podem repassar o custo para os clientes. E ainda tem gente que reclama que os empresários de Santa Maria preferem criar bois.