Por Maiquel Rosauro
Após cinco meses sem receber salários, médicos da Casa de Saúde de Santa Maria aprovaram um indicativo de paralisação a partir do dia 10 de novembro. A decisão foi tomada em reunião realizada na segunda-feira (9).
“A paralisação irá ocorrer caso não haja repasse por parte do governo do Estado à Casa de Saúde”, explica a vereadora Deili Silva (PTB), que também é médica e atua na instituição.
Nos próximos dias, serão expedidos ofícios ao Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Conselho Regional de Medicina (Cremers) e Ministério Público (MP) denunciando a gravidade da situação.
Caso o problema não seja resolvido, profissionais dos setores de pediatria, obstetrícia, traumatologia e otorrinolaringologia devem paralisar as atividades por tempo indeterminado.
Nos últimos cinco meses, a Casa de Saúde, que atende pacientes de 32 municípios da região Central, deixou de receber R$ 2,5 milhões do Estado. Em reunião realizada na sexta-feira (6), entre direção da unidade e representantes do governo, não foi estabelecida nenhuma expectativa em relação aos repasses.
Em setembro, médicos da maternidade ameaçaram parar devido à falta de pagamento. Na ocasião, a instituição chegou a divulgar um vídeo pedindo socorro. Porém, na Câmara de Vereadores, foi registrado tanto apoio quanto críticas à gestão da unidade.
Quando vão sair as reformas estruturais para fazer o Estado ter recursos ao menos para saúde, educação e segurança?
Nunca vi um governo tão lerdo para encaminhar de vez o conserto das contas, doa a quem doer, já se passaram três anos e só enrolam, assim como nunca vi uma Assembleia tão omissa e irresponsável para ajudar, aprovando as reformas. È tudo um joguinho político pequeno ou esquizo da realidade. É para isso que servem o voto e a democracia, para não funcionar?
E alguns ainda dizem que a “salvação” desse Estado é fazer-se um novo país. Um novo país com os mesmos dirigentes e legisladores de sempre? “Te cuida, Venezuela, abra espaço porque vai entrar mais um nesse buraco”.
Gracias Tiago. Ou seja, não adianta ficar “vendendo” soluções ideais porque as mesmas são impossíveis ou inviáveis.
100% SUS
Juntando isto com o contingenciamento da UFSM (152 milhões) conclui-se que o Hospital Regional vai demorar, que não basta “vontade política”. Falando nisto, a Casa de Saúde é quantos “porcento” SUS?