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SABUJOS. Essa nossa mídia preconceituosa. Na visão de um francês e de um argentino

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu seu sétimo (ou seria oitavo?) título de Doutor Honoris Causa. Desta vez foi de um prestigiado instituto francês, que, em mais de um século, concedeu a distinção a muuuuito pouca gente. Aliás, outros 50 estão na fila do Cara, para marcar a data, tudo em local importante do planeta.

O diabo é que o episódio, que aconteceu na terça (a entrega foi ontem), proporcionou um incrível ato de vassalagem explícita da mídia pra lá de elitista no Brasil. Claro que a repercussão foi imediata. Na internet. Nas redes sociais. Mas não na própria mídia.

Só que, nesses tempos de globalização, o ato acabou repercutindo no mundo inteiro. E os exemplos maiores são a Argentina (aqui do ladinho) e a França. Quem conta isso (e opina, claro) é o ótimo Ricardo Kotcho. Confira:

Lula em Paris; imprensa sabuja dá vexame

Começa assim, acreditem, com esta pergunta indecorosa, a entrevista de Deborah Berlinck, correspondente de “O Globo” em Paris, com Richard Descoings, diretor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, o Sciences- Po, que entregou o título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula, na tarde desta terça-feira.

Resposta de Descoings:”O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico (…) O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior. Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences- Po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente do diploma universitário. Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade”.

A entrevista completa de Berlinck com Descoings foi publicada no portal de “O Globo” às 22h56 do dia 22/9. Mas a história completa do vexame que a imprensa nativa sabuja deu estes dias, inconformada por Lula ter sido o primeiro latino-americano a receber este título, que só foi outorgado a 16 personalidades mundiais em 140 anos de história da instituição, foi contada por um jornalista argentino, Martin Granovsky, no jornal Página 12.

Tomei emprestada de Mino Carta a expressão imprensa sabuja porque é a que melhor qualifica o que aconteceu na cobertura do sétimo e mais importante título de Doutor Honoris Causa que Lula recebeu este ano. Sabujo, segundo as definições encontradas no Dicionário Informal, significa servil, bajulador, adulador, baba-ovo, lambe-cu, lambe-botas, capacho.

Sob o título “Escravocratas contra Lula”, Granovsky relata o que aconteceu durante uma exposição feita na véspera pelo diretor Richard Descoings para explicar as razões da iniciativa do Science- Po de entregar o título ao ex-presidente brasileiro.

“Naturalmente, para escutar Descoings, foram chamados vários colegas brasileiros. O professor Descoings quis ser amável e didático (…). Um dos colegas perguntou se era o caso de se premiar a quem se orgulhava de nunca ter lido um livro. O professor manteve sua calma e deu um olhar de assombrado(…).”

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