Mais um capítulo. Na degradação da revista Veja, a tentativa de assassinar reputação
Segue o magistral trabalho do insuspeito e consagrado jornalista Luis Nassif, colunista de economia de Economia da TV Cultura e diretor da agência Dinheiro Vivo. Ele, que viveu como poucos as entranhas da grande mídia nacional (trabalhou, entre outros veículos, na Folha de São Paulo e na TV Bandeirantes), se propôs, com todo o risco de retaliação política, profissional e pessoal que a tarefa acarreta, a explicar – com fatos concretos – a degradação da Veja. Uma revista que já foi a melhor e de maior credibilidade do País e que hoje faz qualquer coisa, menos jornalismo.
Dê uma lida no oitavo artigo-reportagem. E que trata especificamente da tentativa da Veja, com objetivos nada confessáveis, de assassinar a reputação de um ministro do Superior Tribunal de Justiça. Aliás, o presidente daquela que é a segunda mais importante corte judiciária do País. Confira:
O caso Edson Vidigal – Como criar escândalos sem crimes
O segundo serviço de Veja foi a tentativa de assassinato de reputação do ministro Edson Vidigal, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A matéria vinha com uma manchete dúbia: Não pode pairar a dúvida. O presidente do STJ é envolvido em casos que precisam ser esclarecidos.
Era uma matéria exemplar para se entender como fabricar um escândalo sem crime. A matéria não enfocava uma suspeita específica. Havia um estoque de fatos relacionados a Vidigal – o que demonstrava, nitidamente, que se tratava de um dossiê especialmente preparado contra ele.
A primeira acusação era um esquentamento de fato banal, visando conferir tratamento escandaloso: a de que Vidigal viajara para o Chile, para um Congresso patrocinado pela Amil, empresa de seguro saúde, sendo que, na semana anterior, havia liberado um reajuste de 26% para o setor de planos de saúde.
A viagem tinha sido em um final de semana, em um seminário para dixscutir a legislação chilena para o seguro saúde. A matéria procurava ressaltar aspectos de mordomia:
O seminário realizou-se em Santiago, no Chile. Foi uma curta temporada regada a bons vinhos daquele país e com todas as mordomias que costumam acompanhar esses rega-bofes.
O prego sobre vinil esquentava a matéria com obviedades. É óbvio que qualquer congresso tem coquetéis e almoços e, sendo no Chile, vinhos chilenos. Pouco importava se o patrocinador não tinha ingerência na programação, ou se um final de semana trabalhando em Santiago do Chile…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do texto O caso Edson Vidigal – Como criar escândalos sem crime. No mesmo endereço você encontra todos os outros nove capítulos já escritos por Luis Nassif, e que correspondem (com os que ainda virão) num verdadeiro inventário de uma revista que já foi a de maior credibilidade do país e hoje é um simulacro, para dizer o mínimo.
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