SALA DE DEBATE. Dia em que os temas econômicos tomaram conta das discussões, dos juros aos bancos
Nem parecia o final de ano, normalmente tomado por considerações mais leves (como já aconteceu no programa de ontem, por exemplo). O fato é que, nesta quinta-feira, o “Sala de Debate”, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1, teve a integral predominância de temas econômicos, especialmente as questões inflacionária e de juros bancários.
Os convidados do dia, este editor e ainda Werner Rempel, Ruy Giffoni e Eduardo Rolim, sob a mediação de Roberto Bisogno, tiveram, exceto por um contraponto de ouvinte, posição bastante próxima umas das outras, acerca da situação econômica do País neste final de ano e nas projeções futuras, cada qual, claro, com seu ponto de vista.
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Se o Brasil dependesse do que é falado no programa estaria ainda mais lascado do que já está.
Alás, a Querida também tentou sair pelo consumo e se deu mal.
Economia é profissão, não é questão de ponto de vista de leigos. No shopping, de fato, quanto mais consumo melhor.
Maílson da Nóbrega é fraco, foi demitido porque não conseguiu resolver os problemas deixados pelo Bresser. Um tremendo de um arroxo, congelamento de salários e de preços, gatilho salarial, etc. Vermelhinhos gostam dele porque dá um certo suporte “acadêmico” para o monte de asneiras que defendem.
Problema do Brasil neste setor são dois: baixa renda e baixa poupança. Renda só aumenta trabalhando mais (no Brasil quase impossível devido à legislação) ou fazendo coisas com maior valor agregado (impossível devido a ignorância, falta estudo).
Poupança é o dinheiro que se recebe e não é gasto em consumo (não a caderneta). Indo para os bancos é emprestado a outros (crédito) e o juro é o prêmio pelo adiamento do consumo, remuneração dos intermediários e impostos da coisa toda.
Dilma, a humilde e capaz, fez os bancos públicos trabalharem com taxas menores que a dos privados. Gerou um rombo. Não funcionou. Estimular o crédito é para emergências, no longo prazo gera inflação e voo de galinha. As pessoas tem capacidade de endividamento, chega uma altura e a renda fica comprometida e não conseguem mais dinheiro emprestado.
Os médicos diagnosticaram errado, tratam do sintoma e deixam a doença, cuidam da febre e deixam a infecção.
Alberto Pasqualini admirava o socialismo, mas sabia que não existiam as condições objetivas para o sistema. Daí saiu com esta de “capitalismo de solidariedade”, “capitalismo de cooperação”. Um dos argumentos era a moral católica. Isto é do tempo do Ariri Pistola, condições são completamente diferentes e ninguém se importa de ser chamado de “usurário” e outras coisas. Infelizmente o sujeito já faleceu, não é possível mandar ele se lascar.