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CARNAVAL. Associação tem dificuldade para captar recursos. Assim, folia de rua é incerta em Santa Maria

Mais de 12 mil pessoas passaram pela Avenida Liberdade, em 2015, quando a festa de rua foi realizada pela última vez em Santa Maria

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de João Alves/AIPM), da Equipe do Site

O Carnaval de Rua de Santa Maria foi anunciado para os dias 8, 9 e 10 de março. Porém, dificilmente a festa irá ocorrer no município este ano. A Associação Aliança pelo Samba enfrenta dificuldade na captação de recursos e já estuda a possibilidade de organizar o evento apenas em 2019.

Em outubro do ano passado, as escolas de samba aprovaram projeto pela Lei Rouanet, via Ministério da Cultura, no valor de R$ 638 mil. Contudo, dificilmente a Associação conseguirá captar este valor junto a pessoas físicas e jurídicas, que se beneficiariam com a dedução do imposto de renda.

“Está bem complicado, temos quatro ou cinco patrocinadores. Se for o caso, não realizaremos Carnaval este ano. Não queremos fazer só por fazer”, afirma o presidente da Associação, Leonardo Ribeiro.

Pesa contra a Associação o fato de ter iniciado a captação em novembro e o evento ocorrer em março.

“É muito difícil captar quase R$ 700 mil em tão pouco tempo. Precisávamos de um projeto para o ano todo”, relata Ribeiro.

Outro problema enfrentado é a falta de Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) nos locais de realização dos ensaios. Há também casos emblemáticos, como a Império da Zona Norte, que não possui local para ensaiar.

Sem recursos públicos

A Prefeitura de Santa Maria sinalizou que apoia o Carnaval de Rua em questões logísticas e de infraestrutura. Recursos públicos não serão repassados, da mesma forma como ocorreu com o evento Viva o Natal.

Ribeiro demonstra estar na bronca com a Prefeitura, pois entende que há falta de investimentos para atividades culturais.

“A Prefeitura cuidou do Natal, da Tertúlia e deixou o Carnaval por último, sendo que é o primeiro evento que ocorre no ano. Nós não queremos ficar dependentes do poder público, mas gostaríamos de dar mais opção para as pessoas aproveitarem o Carnaval. Hoje, praticamente, só há duas entidades recreativas na cidade”, avalia Ribeiro.

Última festa foi há três anos

A última vez que Santa Maria realizou Carnaval de Rua foi em 2015. À época, as escolas de samba Vila Brasil, Unidos do Itaimbé, Barão do Itararé, Império da Zona Norte, Arco Íris, Trevo de Ouro, Mocidade Independente das Dores e Unidos do Camobi receberam da Prefeitura, cada uma, R$ 35,4 mil.

Foram três noites de folia, com cerca de 12 mil pessoas presentes na Passarela do Samba, na Avenida Liberdade. A Unidos do Itaimbé levou o título daquele ano.

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