Não é bem assim. Proposta da TV pública pode receber modificações. Quem diz é Tarso
O ministro da Justiça Tarso Genro, ainda que já tenha participado de algumas ações como titular da pasta (inclusive o encontro, noticiado aqui, com secretários da área, no Rio Grande do Sul), na prática assumiu as funções apenas nesta segunda-feira – depois da posse, ocorrida na sexta.
E já tem vários enroscos à vista. Um deles, como você também viu aqui, é a paralisação iminente da Polícia Federal. Outro é a história da TV pública, que o governo pretende criar. E que, percebe-se na entrevista que Tarso concedeu a Bob Fernandes, do site Terra Magazine, ele prefere tratar com cautela – para não dizer certo ceticismo.
Aliás, o ministro que assume a Justiça, em lugar das Relações Institucionais, também se refere, no material que é publicado por Fernandes, à questão da partidarização (que ele refuta) na sua pasta. Vale a pena conferir. A seguir:
Tarso: “TV pública está sujeita a modificações”
Tarso Genro dá a largada hoje (ontem, segunda), do ponto de vista prático, em nova etapa de sua carreira política e no governo Lula. Antes de chegar ao Ministério da Educação, Genro comandou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “Conselhão”. Ainda no topo da crise batizada como “mensalão” – e seus filhotes – substituiu Jaques Wagner, então candidato ao governo da Bahia, no Ministério das Relações Institucionais, onde permaneceu até a sexta-feira, 16 de março.
Já ministro da Justiça, Tarso Genro comunica nesta entrevista a Terra Magazine que agora, por dever de ofício, terá de deixar de lado os enfrentamentos diretos, partidários, para buscar “consensos mínimos” nos grandes temas da sociedade. Um deles, este proposto à sociedade pelo governo federal, é a criação de uma TV pública. Sobre o polêmico tema, diz o novo ministro da Justiça:
– Pelo que sei é uma decisão preliminar, ainda sujeita a definições e modificações várias.
Leia a entrevista de Tarso Genro a Terra Magazine:
Terra Magazine – O senhor agora é ministro da Justiça, uma nova função, de outra natureza. O que muda? O senhor deixa o cotidiano da política partidária?
Tarso Genro – O Ministério da Justiça talvez seja o de mais forte representatividade de Estado, o que, portanto, obriga o ministro a exercer as suas funções num novo padrão. Não se trata de dizer que são funções “superiores”, mas são diferentes…
…e que padrão seria esse? O que, na prática, significa essa alteração no padrão?
Por exemplo: ainda que mantenha a presença política na vida partidária, quando essa presença ocorrer, por parte de um ministro da Justiça deve se dar num âmbito mais interno, afastado de temas que possam prejudicar as suas funções de Estado. Essas “funções de Estado”, no sentido mais forte da expressão, necessariamente remetem para um relacionamento com todos os partidos – com o mesmo grau de atenção – em torno de uma agenda que é política, mas não pode ser tratada “partidariamente A segurança pública é um exemplo. Assim, comparativamente às demais funções que exerci, a minha agenda como ministro mudará na forma e no conteúdo…
…sua trajetória nesse governo começa quando…
…começa no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, como ministro do Conselho, quando os temas eram os juros, o superávit primário e a própria credibilidade do Conselho para debater os temas agendados na sociedade…
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