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BASTIDORES. Entenda por que os dois grupos de vereadores não devem abrir mão do controle da CCJ

Ter a presidência da CCJ é fundamental para controlar o andamento dos projetos que depois irão a Plenário, na Câmara de Vereadores

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Jaiana Garcia/Divulgação), da Equipe do Site

A formação da Comissão de Constituição e Justiça, Ética e Decoro Parlamentar (CCJ) paralisou as atividades em Plenário da Câmara de Vereadores de Santa Maria (AQUI). Tanto o Grupo dos 11 (formado por dissidentes e oposição) quanto o Grupo dos 10 (fiéis ao governo Pozzobom) não abre mão de ter a presidência da CCJ. Mas por que tanto interesse nessa comissão?

A CCJ é considerada a mais importante das comissões, por onde transitam todos os projetos legislativos e matérias administrativas da Câmara, como, por exemplo, as sindicâncias. Cabe a esta comissão apreciar as proposições para que elas sejam avaliadas em relação a sua legalidade. Caso a proposição seja declarada inconstitucional ou injurídica, ela não será submetida a voto, conforme Regimento Interno, não podendo assim ser aprovada.

Nessa terça-feira (20), durante a sessão plenária, o site conversou com vereadores e assessores dos dois grupos que aceitaram revelar detalhes da polêmica, desde que seus nomes não fossem publicados.

Conforme uma fonte governista, ter o controle da CCJ é fundamental para que os projetos da Prefeitura não sejam paralisados, uma vez que o G11 já conta com o cargo de procurador da Casa, hoje ocupado por Lucas Meyne, ex-chefe de gabinete da vereadora Deili Silva (PTB). A petebista, aliás, é a indicada do G11 para assumir a CCJ.

“Eles (G11) já tem o Lucas na Procuradoria, se a Deili assumir a CCJ, vão trancar tudo”, projeta a fonte.

Outro ponto importante envolve o vereador Francisco Harrisson (PMDB). Em dezembro, cinco parlamentares (todos do G11) entraram com uma representação contra o peemedebista alegando quebra de decoro (AQUI). Em 9 de dezembro, Harrisson publicou no Facebook um comentário no qual chamou de “bando de inúteis e sem conteúdo” os edis que votaram contra o projeto de lei que torna facultativa a entrada de pequenos animais em lojas e shoppings.

“É bem provável que tentarão prejudicar o Harrisson na CCJ”, argumenta a fonte.

Outro motivo alegado para os governistas não abrirem mão da CCJ é tentar criar um racha no G11, já que um dos motivos da união entre dissidentes e opositores é um acordo prevendo que Deili será a presidente da comissão. Ou seja, isolar Deili é uma das prioridades do governo.

Por outro lado, fontes do G11 garantem que não vão abrir mão da CCJ para evitar o controle do Executivo sobre o Legislativo.

“Se não controlarmos a CCJ, o governo vai patrolar”, afirma um dos articuladores do G11.

A fonte não cita o vereador Harrisson, mas indiretamente aponta que a situação do parlamentar está no radar.

“Tu achas que sindicâncias e projetos nossos vão passar?”, questionou a fonte no caso de o governo controlar a CCJ.

Em reunião com os 21 vereadores, nessa terça, Juliano Soares – Juba (PSDB), admitiu que o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) deseja que a base tenha o controle da CCJ. Além disso, a base do governo acompanhou de perto boa parte da sessão. Estiveram na Casa o controlador Geral do Município, Alexandre Lima; o subchefe da Casa Civil, Marco Mascarenhas; o superintendente do Interior, Paulo Schuster; e o assessor superior de Relações Legislativas, Paulo Airton Denardin.

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2 Comentários

  1. Isto daí mesmo, este tal de Harrisson vai precisar de umas três reencarnações para chegar no nível de perfeição do Pimenta.

  2. Esse Harrisson tem sido um baita boquirroto na atuação política. Já foi obrigado a se retratar depois de caluniar o Pimenta. É bom aprender, dôtor, que fucinho de porco não é tomada!

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