SALA DE DEBATE. Falência do sistema prisional e os usos e costumes politicos brasileiros, os temas do dia
Com bastante animação, e sob a mediação de Roberto Bisogno, este editor e os convidados do dia, Alfeu Bisaque Pereira e Elvandir José da Costa, trataram de vários temas, acredita-se, de interesse geral, no “Sala de Debate” desta segunda-feira, entre meio dia e 1 e meia, na Rádio Antena 1.
Se fosse possível sintetizar, daria para afirmar que dois grandes temas (e suas variantes) estiveram na pauta geral de hoje: a falência do sistema prisional brasileiro, em que os regimes de pena são mera referência, e usos e costumes da política brasileira – o que inclui desde a qualidade dos agentes públicos até as dificuldades que tem o Estado de pagar suas contas.
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E não é de hoje nem de ontem que esse Estado brasileiro está falido.
Toda vez que são emitidos títulos da dívida, lá vem “papagaio” para pagar no futuro (com altos juros) de despesas que não foram pagas naquele momento. E não só despesas, emite-se títulos para as “ajudinhas” de investimento para um ou outro segmento. Por exemplo. a bilionária feita pelo governo da dama de vermelho para os ricos empresários via BNDES, mais de 200 bilhões de reais, que virou pó porque foi passada pouco antes da grande crise. Essa vamos ter de pagar a conta até 2045 via títulos emitidos.
Falência do Estado brasileiro em todos os serviços, inclusive os sociais, na verdade. Mas não é por isso que temos de liberar os crimes e acabar com a Justiça, não é verdade? (seguindo a mesma “lógica” que muitos falam em relação às drogas).
Estado brasileiro que só é rico para os servidores públicos dos Três Poderes e para os políticos. Aliás, se formos falar em cadeia para essa elite ela não era necessária até há poucos anos. E até não se duvidaria que os que vão para a cadeia, seguindo a lógica da “compensação” que tem acontecido nesse país, não levassem um auxílio-moradia de brinde.
Função do vereador é fiscalizar (também). Só que existe a “liturgia do cargo”. Edil não pode simplesmente jogar coisas nas redes sociais como se fosse qualquer um do povo e nem sair falando em “improbidade administrativa” sem qualquer apuração. Dos fatos e provas se chega no enquadramento, não se pega um enquadramento e sai catando provas, seria inverter a lógica da investigação.
Por achar que qualquer coisa pode ser feita de qualquer jeito que a politica e a economia estão assim.
Ainda temos que ouvir que o Brasil é o “terceiro país que mais encarcera” (coisa assim). Pegam números absolutos, o que facilita a pregação da ideologia. Só que em números relativos ficamos lá pelo trigésimo lugar. Mais, tem gente contando como “presa” que está solta na rua.