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Reforma política. “Janela da traição” fará com que vira-casacas tenham que pensar no futuro

Como se sabe, está em gestação no Congresso, em propostas apresentadas pelo governo, uma reforma política. Que englobaria voto em listas partidárias, financiamento público de campanha, fim das coligações nos pleitos proporcionais e outros temas. Se discutissem isso, até que seria interessante. No entanto, apenas um tema preocupa e mobiliza os congressistas: a fidelidade partidária. Ou a infidelidade.

 

É onde entra a tal “janela”, que permitiria ao detentor de mandato trocar de partido, desde que no mês anterior ao último ano. Ou, simplificando, a 13 meses do pleito seguinte. É a salvação para os vira-casacas congênitos ou recém-chegados ao clube.

 

A única diferença é que o que quiser se mandar da sigla pela qual se elegeu terá que pensar antes, e não depois da eleição. Hein? O que isso significa? Para entender, confira reportagem de Letícia Sander, na Folha de São Paulo. A foto é de Roosewelt Pinheiro, da Agência Brasil. A seguir:

 

“Reforma política pode criar “fisiologismo do futuro” no Congresso

 

Se aprovado pelo Congresso, o projeto que abre uma “janela” para a infidelidade partidária reinstituirá uma prática recorrente no cenário político brasileiro, mas que passará a ser operada sob outra lógica.

 

Tradicionalmente, deputados e senadores costumavam trocar de partido logo depois de eleitos ou nos primeiros anos da gestão. Embalados pelo resultado eleitoral, muitos se moviam com o objetivo de engrossar a base governista da ocasião e assim obter mais vantagens ao longo do mandato. Agora, o projeto em discussão prevê que o congressista teria de permanecer quase três anos no partido pelo qual foi eleito, com a possibilidade de trocar de legenda faltando 13 meses para a próxima eleição.

 

No Congresso, o comentário é que, se aprovada, a proposta instaurará uma nova modalidade: o “fisiologismo do futuro”. Isso porque os políticos terão de definir em qual grupo vão se posicionar (e obter benesses) antes do resultado das urnas. “O deputado vai ficar fazendo conta sobre como [em que grupo] será mais fácil se reeleger. Isto é um rebaixamento do processo político”, criticou o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), uma das…”

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Reforma política pode criar ‘fisiologismo do futuro’ no Congresso”, de Letícia Sander, da Folha de São Paulo.

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