SALA DE DEBATE. Prender ou não Lula, eis a questão fundamental. Mas há também Grenal, Ensino Médio…
Não há dúvida: a vinda ontem a Santa Maria, de Luiz Inácio Lula da Silva, é o fato favorito para todas as discussões. E, claro, não foi diferente no “Sala de Debate” de hoje, entre meio dia e 1 e meia, na Rádio Antena 1. Afinal, prender ou não e tudo o que cerca a questão jurídica envolvendo o ex-Presidente que se reuniu na UFSM e em comício na zona oeste, é assunto suficiente para um punhado de tempo.
Foi o que aconteceu, com a mediação de Roberto Bisogno e a participação dos convidados: Alfran Caputi, Elizabeth Copetti, Eni Celidonio e João Marcos Adede Y Castro, além deste editor.
Ah, também houve tempo para outros assuntos, como o Grenal desta noite, no Beira Rio e, sobretudo, as “ideias” de mudança para o ensino médio, inclusive até 40% “a distância” e a possibilidade de troca por trabalho voluntário. Enfim…
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Educação tem tanta coisa errada que não espero ver nem a coisa querer se encaminhar para uma solução. Vermelhinhos gostam de dizer que “os milicos atrasaram a educação”. Só que depois da redemocratização não melhorou, foi de morro abaixo.
Academia de letras da aldeia é uma excelente máquina de promoção pessoal e de massagem no ego. Se quisessem fazer algo realmente para a comunidade tratariam de organizar um concurso de redações entre as escolas locais. Concursos que promovem atualmente é só para atrair interessados, reproduzir o modelo, não deixar a coisa morrer por falta de interessados na “imortalidade”.
Doutorado é treinamento para pesquisador, nada mais do que isto. Algo medieval, a tese é a “obra-prima” condição que se exigia para ascender a mestre numa guilda. Como exige inovação geralmente o escopo é bem estreito, com todos os problemas que isto acarreta.
Einstein encaminhou o artigo que acabou rendendo o Nobel e depois foi tratar da tese que estava meio travada. Ou seja, para uns é só um requisito a ser ultrapassado para alguma coisa, já tem talento. Para outros não adianta, não muda nada além do diploma na parede.
No Brasil é uma festa, numa determinada época tinha gente indo para a Argentina fazer doutorado na “Universidad de la Bossoroca”, cursos que nem lá eram reconhecidos. Uns até tentaram o reconhecimento aqui via mandado de segurança.
OAB ficou no bolso do PT por tempo considerável e por isto ganhou Supersimples, ganhou advogado micro empresário individual e outras firulas. Quem encaminhou a maioria das coisas foi um agora deputado petista que na época foi presidente da seccional do Rio de Janeiro.
“Acabem com os recursos” é falácia, existe projeto no Congresso desde 2012 encaminhado pelo Cezar Peluso transformando o recurso especial e o extraordinário em ações rescisórias. Por que não anda? Lobby da OAB, um dos mais poderosos no Congresso.
Para quem não entendeu bem, a Ordem influencia diretamente na produção de legislação que afeta o bolso da categoria. Ou alguém acha que foram contra a reforma trabalhista só pelos “altos princípios de justiça e moral republicana”? Acabou a indústria do “vamos entrar com uma ação para tentar ganhar algum na pressão do juiz pela conciliação”. Falam em queda de 90% no número de ações. Se fizerem uma reforma tributária decente acontece a mesma coisa (um dos motivos pelos quais não sai).
Advocacia indispensável à administração da justiça foi algo que o lobby da OAB colocou na Constituição. Não caiu do céu, nem foi revelação divina. Advogados contam a versão do cliente é certo, muitas vezes mentiras, quase sempre com remuneração e não tem nada de nobre nisto. Esta história de “nulidade” nos tribunais superiores é balela, a norma não é nulidade e sim prescrição e impunidade. Incompetência do Moro já foi arguida exaustivamente durante o processo e até na apelação. Quem leu os votos e o acórdão sabe disto. Mas o PT agradece a repetição exaustiva do “Moro incompetente”.
Pedrada é quando alguém atira uma pedra. Pegar uma e bater com a mesma na cabeça de alguém é outra coisa.
Lula é ex-presidente, não tem esta de “quero falar com reitores”. Já não tem autoridade nenhuma.
Publicidade é a regra, sigilo é exceção. Encontro a portas fechadas foi para tratar de assuntos politico-ideológicos entre “companheiros”, qualquer outra interpretação é má-fé ou acreditar em conto de fadas.