OBSERVATÓRIO. Sim, é hora da ‘cláusula de barreira’

Está mais ou menos consolidada a ideia, entre os operadores das campanhas dos candidatos de Santa Maria à Assembleia. Qual? Só terá alguma chance de vitória o concorrente que sair daqui com pelo menos 20 mil votos. É uma, digamos, cláusula de barreira a ser ultrapassada. A exceção única poderá ser quem é de partido menor com grande puxador estadual de votos.

Vai daí que, pela quantidade de concorrentes com boa penetração na preferência do eleitorado local, há gente reavaliando seu próprio potencial. Afinal, dá-se como grande feito se os santa-marienses, somados, conseguirem chegar a 120 mil votos – com o que apenas cerca de 25 mil iriam para os forasteiros. É muito otimismo. Mas justificado exatamente pela profusão de candidatos daqui considerados bons de voto.

Veterano militante, com larga experiência em eleições, disse ao colunista, nesta semana, que seu candidato esperava mais, mas imagina fazer boa figura por aqui se conquistar 8 mil votos. Terá que buscar o restante (que é beeem mais) além fronteiras da boca do monte.

E mais: o “capitão” eleitoral admite que os atuais deputados devam fazer, somados, no mínimo 50 mil votos. E isso é numa perspectiva otimista (do ponto de vista dos demais concorrentes) pois há quem diga que esse número possa chegar a 60 mil. Bueno, nesse casoe restarão, em tese, no máximo e com boa vontade, 70 mil votos a ser distribuídos por uma penca de bons nomes.

Resumo da ópera: será necessário um ponto fora da curva prognosticada por esse militante (e também outros que, como ele, preferem o anonimato), para que algum pretendente local à Assembleia, noves fora os já parlamentares, chegue aos, como você leu no parágrafo inicial, 20 mil votos na cidade. Se isso acontecer, bem, conforme o desempenho estadual do partido ou coligação a que pertence, estará apto a sonhar.