CidadaniaHistóriaMemória

KING. Assassinado aos 39 anos, mais que um ativista da causa negra, destemido militante dos direitos civis

Incendiário orador, o ativista norte-americano Martin Luther King morreu assassinado aos 39 anos, há meio século, em 4 de abril de 1968

Por FRITZ R. NUNES (com foto de Reprodução), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

Há 50 anos, em 4 de abril de 1968, morria assassinado em Memphis (Tennessee), aos 39 anos, o reverendo Martin Luther King Jr, até hoje uma lembrança importante para a causa dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Passado meio século, qual a relevância deste pastor protestante, que atuava como advogado, mas que ficou conhecido, sobretudo, pela luta incansável contra a discriminação racial? Qual o legado do ativista que levava o nome do principal líder na dissidência da Igreja Católica, o alemão Martinho Lutero?

E mais: que paralelismo se pode fazer entre o ativismo de Martin Luther King e a atuação de expoentes negros na história brasileira? Essas questões, de forma mais ampla, foram feitas pela assessoria de imprensa da Sedufsm a quatro docentes (duas mulheres e dois homens), que têm algum tipo de atuação junto ao movimento negro, ou que têm intimidade com a temática. Acompanhe uma síntese das respostas a seguir e, ao final desse texto, as perguntas completas e a íntegra das respostas.

Cecilia Pires, professora aposentada do curso de Filosofia da UFSM e também uma militante do movimento negro junto com o saudoso professor Sérgio Pires, considera que a atuação de Martin Luther King (MLK) foi fundamental para o avanço dos direitos civis dos negros em território norte-americano. Segundo ela, mesmo que não se tenha alcançado efetivamente uma “democracia racial” por lá, as ações do ativista “estimularam mais pessoas a lutarem por seus direitos e buscarem ocupar espaços públicos, de onde eram banidos”.

Na ótica de João Heitor Macedo, professor de História da rede pública e estadual e militante do Movimento Negro, “Luther King junto com Nelson Mandela, são os grandes expoentes de uma luta que transcende o espaço nacional, pois o legado da escravidão não é só do Brasil. Sua (de MLK) postura frente ao preconceito e à discriminação racial institucionalizada nos Estados Unidos merece destaque, pois ele se apresenta ao mundo como um lutador pela igualdade sem violência, desvelando para o mundo a truculência do Estado e um ímpeto moral que contagiava negros e brancos”.

Para a professora aposentada da rede pública estadual, Maria Rita Py, também doutoranda em Educação pela UFSM, “a visibilidade alcançada pelo Pastor King colocou-o na liderança do movimento negro norte-americano. Visionário, tinha por objetivo eliminar a segregação racial, através dos movimentos de massa, porque ele ‘tinha um sonho’, sonho este incorporado nos corações e mentes de afro-americanos, minorias étnicas e simpatizantes brancos, de todos construírem a nação americana, levando ‘a luta com dignidade, disciplina, e sem violência física’.”

Caiuá Cardoso Al-Alam, professor de História do campus de Jaguarão da Unipampa, também integrante do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN, analisa que MLK “incendiou as contradições vividas naquele país e compôs a geração da década de 1960 que lutou por diferentes pautas importantes, como a contrariedade à Guerra do Vietnã, incorporando inclusive a ideia do amor ao próximo como elemento fundamental para o fim da desigualdade racial e social.” Para Caiuá, “mesmo empunhando a bandeira pacifista, (Luther King) foi um militante preenchido de radicalidade ao enfrentar a estrutura repressora do aparelho de estado norte-americano que estava espraiado pelo mundo na repressão aos movimentos e lideranças de contestação.”

Os referenciais brasileiros

Perguntados se o Brasil também tem expoentes similares a Martin Luther King, as respostas foram diversas, mas com a exemplificação de muitos nomes em comum. Para Cecilia Pires, “se pensarmos na figura de Zumbi, como um expoente da libertação negra, talvez pudéssemos comparar com a luta de Luther King, como princípio, mas não como dinâmica.” No entendimento da professora, “o que ocorreu é que os…”

PARA LER A ÍNTEGRA, INCLUSIVE MAIS FOTOS, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo