SALA DE DEBATE. Totalmente dedicado aos 160 anos de emancipação do município, eis o programa de hoje
![](https://claudemirpereira.com.br/wp-content/uploads/2018/05/sala-17.jpg)
De pronto, que se diga: até surgiu outro tema, bastante ligado à cidade nos últimos meses. No caso, o surto de toxoplasmose, que atinge centenas de santa-marienses. Mas isso, definitivamente, não deslustrou o principal: o “Sala de Debate” desta quinta-feira, 17 de maio, entre meio dia e até agora há pouco, a 1 e meia da tarde, foi dedicado a celebrar os 160 anos de emancipação de Santa Maria.
Muuuitas, mas muitas meeesmo, histórias (e até algumas teses) foram contadas, dos tempos de antanho e das personagens que fizeram os primórdios de Santa Maria, com o conhecimento, de resto bastante conhecido na área, dos convidados Eduardo Rolim e Werner Rempel, com a coadjuvância deste editor e a ancoragem de Roberto Bisogno.
PARA OUVIR O “SALA” DE HOJE, BLOCO POR BLOCO, CLIQUE NOS LINQUES ABAIXO!!!
Existem grupos trabalhando com microeletrônica no Brasil há muito mais tempo, USP, Unicamp, UFRGS, UFPR, UFRJ. Não fizeram o que foi feito aqui por falta de capacidade, mas porque seria o mesmo que estender uma faixa na entrada da instituição dizendo> “chegamos na década de 70”.
Pessoal de mais idade não descobriu ainda que existe o Google. Em 1961 Brizola gastou 180 milhões de cruzeiros que recebeu do USAID para expandir as escolas técnicas, gastou 1,3 milhão de dólares para reequipar a Escola Parobé, dá para fazer isto o dia inteiro, acabar com o mito Itagiba de Moura Brizola. Não está morto, virou estátua nos fundos do Piratini levando côcô de pombo na cabeça e o Prestes ganhou memorial chique.
Idema foi fundada por professores da universidade, Cirilo Costa Beber era capitão do exército reformado, o buteco na subida do morro que foi moda noutra época era de um professor da universidade, Agrimec é de um ex-professor da UFSM. Problema é mais geracional do que outra coisa.
Quatro ou cinco lugares do mundo conseguem fazer um chip, todos na cabeça de Werner Rempel. Santa Maria é autorreferente, só existe o que tem aqui e é sempre o “melhor”. Para que “abraçar” o projeto daqui se é muito mais racional usar um ‘chip’ já disponível no mercado que já foi bastante testado e ainda por cima é mais barato por causa do volume?
Delivery Much conseguiu financiamento privado e expande para outros estados. Só que existem outros aplicativos (iFood, Pedidos Já, UberEats, Mr Food). Não é satélite de brinquedo e aplicativo de celular que vai mudar o destino da cidade.
Não existe cabeça de burro nenhuma, o que existe são um bando de amadores (com raríssimas exceções) em cargos chave por causa da política. Indústria de base tecnológica é a cenoura na frente da carroça, existe tanto atraso que quando chegarem onde outros estão hoje ainda assim estarão defasados. A concorrência está uns 50 anos na frente e não pretende ficar parada.
Dizer que o pessoal daqui é empregado em qualquer lugar do Brasil é uma falácia, afinal precisam ganhar a vida. Alás, nunca vi levantamento a respeito disto, onde estão os egressos e qual a atividade, só vejo a gabolice.
Ooscisto tem 10 a 12 micrometros, não é qualquer filtro que pega. Mas é a tal cousa, se falam que um lactente tem a doença e só toma leite ou é congênito ou foi no banho ou alguém limpou a boca da criatura com pano molhado em água contaminada. A impressão é que o assunto não é o dia a dia dos especialistas envolvidos, estão mais familiarizados com outras doenças.
Imigrantes que vieram para a aldeia eram todos de meia pataca. Vieram italianos e cadê os vinhos, pelo menos parecido com os que tem na serra? Vieram os alemães e cadê as indústrias, parecidas com o Rio dos Sinos ou com Santa Cruz? Ciclos de crescimento da cidade tem a ver com militares, ferrovias e a universidade, ou seja, migração não acrescentou muita coisa.