CÂMARA. Sessão é marcada por propaganda de Construtora e lobby ‘pró-alturas’ no Plano Diretor
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Mateus Azevedo/AICV), da Equipe do Site
O empresário Gustavo Jobim utilizou o espaço da Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Santa Maria, nessa terça-feira (26), em nome da Associação de Dirigentes Cristão de Empresas de Santa Maria (ADCESM). O tema na pauta era o Plano Diretor. Porém, em seu discurso, ele debateu um problema que enfrenta junto com o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Santa Maria (Comphic) em relação a um projeto de sua construtora e ainda apresentou quatro vídeos com propagandas de sua empresa. Em momento algum foi interrompido por ter tangenciado o tema proposto. Ao contrário, recebeu afagos dos parlamentares.
Jobim destacou que sua construtora adquiriu o prédio de uma concessionária na Rua do Acampamento, onde pretende construir um empreendimento com heliponto. Porém, tal iniciativa foi trancada pelo Comphic, que deseja preservar o prédio já existente realizando seu tombamento.
“Vão tombar o quê? Isso não diz nada. Só diz para meia dúzia de gente que quer mandar na cidade, o Comphic e o Iplan que querem dizer o que deve ser feito. Se fosse assim, não precisava ter vereador e prefeito, bastava deixar o Comphic e o Iplan tocar a cidade”, disse Jobim.
Após a explanação, o presidente da Comissão Especial que analisa o Plano Diretor, Daniel Diniz (PT) relatou as atividades desenvolvidas e informou que, até a primeira quinzena de julho, os projetos serão votados em plenário do Legislativo.
Chamou atenção o discurso do vereador Juliano Soares – Juba (PSDB). Ele afirmou que apresentou uma emenda ao Plano Diretor após lobby do empresário.
“Quando tu vieste aqui na Câmara e pediu para apresentar uma emenda para tirar a obscuridade da zona 2, quando o Iplan interpreta ou pela cota virtual (taxa de referência) ou pela altura máxima, eu não tive nenhuma dúvida em acatar e apresentar esta emenda, que me parece foi aceita pela comissão”, disse Juba.
Para conferir todos os afagos que o empresário recebeu dos parlamentares, confira como foi a sessão dessa terça:
opa, opa, Claudemir cadê meu comentário? Só confirmei aquilo que o Sr Brando ja tinha escrito , ou seja a banca paga e recebe, porque a censura?
Pensei que tu fosse mais IMPARCIAL.
ABRAÇO
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Essa turma do “derruba tudo e faz um shopping” é a mesma que viaja para Roma, Paris, Barcelona, Florença, Sevilha, Berlim, Praga, Moscou, Ouro Preto, Salvador e outros lugares e se “encanta” ao ver como são bonitas e bem cuidadas.
Sabem o porquê de tanto encantamento? Porque ” órgãos públicos, comissões, associações e institutos” desses lugares interviram em algum momento e não deixaram derrubar aquele monte de prédios velhos, que vieram a se tornar empreendimentos de outro tipo e atraem milhões de pessoas, gerando empregos de qualidade e renda maior.
Lukas, diz pra essa tua amiga procurar uma boa assessoria, um bom arquiteto e buscar um investidor que seja realmente empreendedor, não um assassino da memória coletiva, para elaborarem um projeto adequado à preservação e que dê um destino nobre a esse lugar. Duvido que os órgãos competentes não iriam aprová-lo e aplaudi-lo. Olha o exemplo do Mercado Público, que parece ter seguido essa linha de raciocínio e conduta.
Com relação ao codinome, se eu não usasse ele teria represálias por parte dessa pseudoelite jeca e reacionária da Santa Maria da Boca do Monte, parada no tempo e cujo limite cultural é o skyline de Miami (embora até a capital da ostentação cafona da América Latina soubre preservar seu belíssimo conjunto arquitetônico art déco…).
Não posso me calar diante da agressividade do comentário do “Carbonário”. Aliás, convido-o a sair do anonimato e não se esconder covardemente atrás de um codinome.
Já vou de antemão avisar que não sou parente, funcionário, amigo ou tenho quaisquer relações comerciais com o Gustavo Jobim. Mas se não fossem empresários como ele, e poderia citar mais uma dúzia, Santa Maria não teria emprego nem progresso. É preciso muita coragem e determinação, ser um verdadeiro leão para empreender nesta cidade. Pois quando é manifestada apenas a intenção de colocar um tijolo em algum lugar, já aparecem diversos órgãos públicos, comissões, associações e institutos, colocando minhoca e metendo o bedelho. Vou dar um exemplo: uma conhecida minha ganhou de herança um prédio envelhecido e abandonado no centro. Fez um projeto para reformá-lo e adequar aos padrões. Sabe o que aconteceu? Uma tal comissão barrou tudo, tombando o prédio. Sabe o resultado? Hoje está abandonado, sujo e servindo aos cães de rua, pois é proibido reformar, pintar, redecorar. Ao invés de ser um endereço que ofereça renda para várias famílias, dá renda apenas a um: ao município, através do IPTU. E os invejosos metedores de bedelho devem ter orgasmos.. Afinal, se eu não tenho coragem para empreender vou impedir todos os demais.
Acadelamento dos nossos edis. Cuidado! Daqui a pouco, o Jobimzinho vai ficar parecido com o Eike.
Hipocrisia é da natureza humana. A que me refiro? Luxúria, gula, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça. Pois é.
Numa coisa o construtor acertou, tem meia dúzia de gente (sic) que que mandar na cidade e os que mandam mesmo não estão gostando.
O que diz o Google? Gustavo Jobim da Silva, CPF 637.674.XXX-53, fonte site MeuCongressoNacional, eleições 2014, doação de 10 mil reais para PT e PMDB. Doação de 8 mil reais para PSDB. Doação de 5 mil reais para o PP. Doações diretas aos candidatos: Fátima Schirmer 10 mil, Pozzobom 8 mil, Pimenta 5 mil, Valdeci 5 mil, Paulo Denardin 5 mil. Informações precisam de confirmação.
Eleições de 2016 ainda precisam ser pesquisadas.
Tudo é legal, mas os ‘afagos’ têm explicação.
Excelente colocação Sr Carbonatario, e sabe muito bem o SrJobim que em cidades serias e evoluídas quem trata das questões técnicas não é o Prefeito muito menos vereadores, alguns analfabetos funcionais que devem favor para as empreiteiras que lhes financiaram seus valiosos votos. Assim gira a roda nesta comuna e no Brasil.
Alguém duvida que depois deste lobby nossos vereadores estão reduzidos a pó e irão aceitar tudo, aguardem.
Vereador também não tem culpa, eles só não possuem discernimento e estudo, coitados, nos elegemos eles lá.
É uma VERGONHA usar a tribuna livre para fazer propaganda de interesses pessoais. Esse senhor se acha um grande visionário, mas não passa de mais um interesseiro, pouco preocupado com as consequências futuras de seus atos ou a memória da cidade. Ou alguém acha que ele se preocupou com os problemas que os quatro monstrengos que está fazendo na Venâncio Aires causarão ao trânsito, à mobilidade urbana, à coleta de lixo e outros serviços urbanos? Houve compensação à altura para a cidade?
O discurso de “gerar empregos” muitas vezes é um biombo para justificar todo e qualquer abuso. E esse é o caso. O “retorno social” que dá à cidade deve pagar umas duas rodas do seu Lamborghini e o salário de TODOS os seus funcionários não deve pagar o carro todo.
Talvez o próximo monstrengo de péssimo gosto que ele chama de empreendimento devesse se chamar PERDÃO, já que ele gosta tanto de palavras bonitinhas para embalar seus investimentos.