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POLÍTICA E… A cada dois dias, ministro do Supremo, Gilmar Mendes, liberta um investigado da “Lava Jato”

Gilmar Mendes: prisões provisórias viraram regra e são usadas como “tortura para fazer delações premiadas” (foto Marcello Casal Jr/ABr)

No portal especializado CONGRESSO EM FOCO, com texto de ISABELLA MACEDO

Em pouco mais de um mês, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federa (STF), determinou, a cada dois dias, a soltura de um investigado em operações decorrentes da Lava Jato. De 15 de maio a 25 de junho, Gilmar atendeu a 23 pedidos de liberdade a suspeitos presos pela Polícia Federal por solicitação do Ministério Público e determinação da Justiça. Duas pessoas foram libertadas duas vezes. Entre elas, o ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) Paulo Vieira de Souza, apontado como operador de propinas do PSDB pelo grupo de trabalho da Lava Jato em São Paulo. Ao libertar os investigados, o ministro estabeleceu medidas cautelares, como a proibição de manter contato com outros investigados e de sair do país, com a apreensão dos passaportes.

Entre 15 de maio e 4 de junho, Gilmar concedeu habeas corpus a 19 pessoas que haviam sido presas em desdobramentos da Lava Jato. Todas as prisões haviam sido autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro. À época, o juiz afirmou, em ofício encaminhado ao STF, que “casos de corrupção e delitos relacionados não podem ser tratados como crimes menores, pois a gravidade de ilícitos penais não deve ser medida apenas sob o enfoque da violência física imediata”.

Nessa segunda-feira (25), após audiência com investigados na Operação Unfair Play, derivada da Lava Jato, Bretas disse que não se sente frustrado pelas decisões do ministro. “Eu não me sinto frustrado. Me sinto feliz, porque o Judiciário está funcionando. Não tenho o que reclamar. É uma questão de hierarquia”, disse.

Rizoma

Entre os liberados em junho está o empresário Arthur Pinheiro Machado. Investigado na Operação Rizoma, que apura esquemas em fundos de pensão, Machado ganhou liberdade pela segunda vez em 7 de junho. Ele já tinha uma decisão favorável de 23 de maio.

Além de Arthur Machado, outras cinco pessoas investigadas pela Operação Rizoma foram beneficiadas por habeas corpus concedidos por Gilmar. O primeiro foi Milton Lyra, em 15 de maio. Lyra é apontado como operador de propinas do núcleo do MDB do Senado.

Três dias depois, em 18 de maio, Gilmar liberou Marcelo Sereno, Adeilson Ribeiro Telles, Carlos Alberto Valadares Pereira e Ricardo Siqueira Martins.

Pão Nosso

Na investigação sobre irregularidades no sistema penitenciário do Rio de Janeiro, Gilmar concedeu seis pedidos de liberdade no espaço de uma semana.

A operação, deflagrada em março, apura irregularidades em contratos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio (Seap). Os investigados são acusados de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O primeiro a ganhar habeas corpus foi o delegado Marcelo Luiz Santos Martins, em 21 de maio. Em seguida, no dia 23, o ministro libertou o advogado e ex-secretário adjunto de Tratamento Penitenciário Marcos Vinícius da Silva Lips. O empresário Sandro Alex Lahmann e Carlos Mateus Martins, pai do delegado Marcelo Martins, foram soltos no dia 24. Por fim, o ex-diretor da Seap, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, foi solto em 28 de maio…”

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2 Comentários

  1. Não é só GM que vive soltando gente, Lewandowski e Toffoli também soltam. Vermelhinhos gostam de colocar tudo na conta do sujeito para poupar os ministros ‘cumpanheiros’.
    Também não faltarão burocratas para falar que ‘é assim mesmo’.

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