CRONICA. Orlando Fonseca, a fábula da taberna e, afinal, a quem pertence a cidade? Sim, SM também!
“…E tanto fizeram que os dois se acertaram e reabriram a taberna, para alegria e felicidade geral. Quanto à intimidade do casal, a população, pacificada e satisfeita, se recolheu, pois afinal de contas, não se deve meter na vida dos outros.
Lembrei desta lenda urbana – que criei agora – para falar sobre o assunto do momento em Santa Maria: a quem pertence a cidade? Quem pode tomar decisões a respeito dos destinos dela? Seriam os que têm mais dinheiro? Quem exerce maior pressão econômica ou política? Ou seriam os que têm mais afeto, mais dedicação a ela? Os poderes constituídos devem dar …”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “Lenda urbana”, de Orlando Fonseca. Orlando é professor titular da UFSM – aposentado, Doutor em Teoria da Literatura, PUC-RS, e Mestre em Literatura Brasileira, UFSM. Exerceu os cargos de Secretário de Cultura na Prefeitura de Santa Maria e de Pró-Reitor de Graduação da UFSM. Escritor, tem vários livros publicados, foi cronista dos Jornais A Razão e Diário de Santa Maria. Tem vários prêmios literários, destaque para o Prêmio Adolfo Aizen, da União Brasileira de Escritores, pela novela Da noite para o dia, WS Editor; também finalista no Prêmio Açorianos, da Prefeitura de Porto Alegre, pelo mesmo livro, em 2002.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esta nota é uma reprodução da internet e cuja autoria não foi identificada. Se isso acontecer, o site registra, com certeza.
Lembrei de uma lenda urbana sem pé nem cabeça que criei agora. Como diz o narrador: que beleza!
Poder, numa definição simples, é a capacidade de tomar uma decisão e ver a mesma ser levada a cabo (não é bom citar Kenneth Galbraith, fica muito acadêmico).
Edificações não fazem história só porque são antigas. O ‘pertencimento’ só aparece quando a construção significa algo, a grande maioria dos tombamentos não diz nada a ninguém. Vamos combinar que além disto as gerações mais recentes não dão muita importância para o assunto.
Vejamos um caso, Clube Caixeiral. Se for feito um levantamento muitos episódios históricos da cidade aconteceram ali. Como está?
Na grande maiorias das cidades de médio porte do país quem toma as decisões são três ou quatro famílias, oligarquias locais. Santa Maria é um pouco diferente porque tem muitos funcionários públicos, comércio, classe média, ou seja, a economia não está tão concentrada.
Ênfase no ‘um pouco diferente’. Bom lembrar que um certo prefeito de esquerda se vangloriou de que tinha sido o que mais secretários saídos do empresariado teve.