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TRABALHO. Abaixo-assinado repudia a prisão de jornalistas, em ação de ontem, da Brigada Militar

Mateus Chaparini trabalhava no momento da ação da Brigada. Se identificou para os policiais militares. Não adiantou. Foi preso
Mateus Chaparini trabalhava no momento da ação da Brigada. Se identificou para os policiais militares. Não adiantou. Foi preso

Da página da RÁDIO GUAÍBA de Porto Alegre, na internet

Cerca de 50 profissionais de imprensa já haviam subscrito o documento até as 22h de hoje

Um abaixo-assinado com a adesão de jornalistas circula, desde o início da noite de hoje (ontem), repudiando a prisão de dois profissionais da categoria, nessa manhã (quarta), em meio à desocupação da sede da Secretaria Estadual da Fazenda, no Centro da Capital.

Entre os dez detidos pela Brigada Militar, foram levados à Delegacia, indiciados e encaminhados ao Presídio Central também o repórter do Jornal Já, Mateus Chaparini, e o cinegrafista da Mídia Ninja, Kevin Darc, que cobriam o protesto de estudantes do lado de dentro do prédio.

Cerca de 50 profissionais de imprensa já haviam subscrito o documento até as 22h de hoje.

Confira o texto, na íntegra:

Nós, jornalistas abaixo-assinados, repudiamos com veemência o ato de desocupação do prédio da Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul, ocorrido na manhã desta quarta-feira (15), em Porto Alegre (RS), que resultou na prisão de 43 estudantes e dos jornalistas Matheus Chaparini, do jornal , e Kevin Darc, da Mídia Ninja.

A ação da Brigada Militar, que agrediu os estudantes que participavam do ato e também o profissional que fazia a cobertura jornalística do evento, não condiz com um ambiente democrático e muito menos se coaduna com o respeito aos direitos humanos e à cidadania, que deveria nortear a ação dos nossos governantes.

A prisão arbitrária dos jornalistas configura-se como um ataque claro a liberdade de imprensa e de expressão. Já é tempo de as autoridades entenderem que profissionais da mídia independente gozam dos mesmos direitos e deveres dos atuantes em veículos tradicionais.

Atos políticos devem ser tratados de maneira política pelos gestores, independentemente de causarem transtornos ao funcionamento dos serviços públicos. O ato desta manhã tinha caráter reivindicatório e nunca colocou em risco o patrimônio público ou a ordem constituída dos poderes, que poderiam – ainda assim em hipótese excepcionalíssima – justificar uma intervenção violenta.

Repudiamos também a falta de sensibilidade do governador José Ivo Sartori, que na condição de comandante em chefe da Brigada Militar autorizou a ação, marcada pela arbitrariedade. Atos como esse desmerecem a corporação centenária do Estado e colocam em dúvida o compromisso do governo com o diálogo e com o respeito aos diferentes movimentos sociais, que têm direito à livre manifestação de seus interesses.”

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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3 Comentários

  1. Os caras não ficam nem vermelhos porque já são vermelhos por completo.
    “A Juíza de Direito Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central, expediu novo mandado com urgência para cumprimento da decisão liminar publicada no início da madrugada desta quinta-feira (16/6), após não haver acordo entre representantes da categoria do magistério e do Governo do Estado, na audiência de conciliação promovida pelo Poder Judiciário, na tarde de ontem.
    “Defiro parcialmente a liminar apenas para o efeito de garantir o acesso a todos ao imóvel ocupado, restando proibida qualquer medida que prejudique o exercício das atividades no prédio”, determinou a magistrada.
    Como nesta manhã os manifestantes não cumpriram a determinação de liberar o acesso aos servidores, bem como do público em geral ao Centro Administrativo do Estado (CAFF), a Juíza determinou o apoio da Brigada Militar para que auxilie no cumprimento da medida.”

    http://www.tjrs.jus.br/site/imprensa/noticias/?idNoticia=324740

  2. Muito estranho esse trabalho desses ditos jornalistas. A imprensa como sempre da vazão apenas aquilo que lhe interessa. Em nenhum momento disseram e se identificaram como jornalistas, quer seja na condução por parte da Brigada Militar, quer seja na presença da autoridade policial (Delegada de Polícia), onde disseram que apenas falariam em juízo e nada mais. Esse corporativismo baixo da NOJO.

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