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História. Eleitores do Rio Grande, é definitivo, gostam mesmo é de alternância no poder

Desde 1982, quando foi recomeçou o período de eleições diretas para os governos estaduais, não houve um único governador que conseguiu fazer seu sucessor. E, depois da instauração do instituto da reeleição, todos os que tentaram (e todos tentaram), foram reprovados pelo eleitor. Por que isso acontece?

Esse é o tema de interessante reportagem, assinada por Jaqueline Silveira, publicada neste final de semana pelo jornal Diário de Santa Maria. Foram ouvidos políticos experientes e cientistas políticos, que ofereceram as mais diversas opiniões acerca desse fenômeno que tem cara tipicamente gaúcha. Leia você mesmo o que eles disseram:

”O voto que anda pela contramão
Desde 1982, quando os gaúchos voltaram a escolher o governador, nenhum político se reelegeu ou elegeu um candidato de sua preferência

Tem muito político que sonha chegar ao Palácio Piratini. Alguns deles já conseguiram sentar na tão cobiçada cadeira. No entanto, não esquentaram o banco por mais de quatro anos. Quem tentou esticar o mandato, não recebeu o aval das urnas, tampouco conseguiu garantir vaga para um aliado de sua preferência.

Desde a volta das eleições diretas, o Estado já teve sete governadores sem nunca repetir a sigla. O voto e o pensamento da maioria dos eleitores sempre andaram pela contramão.

Fica a questão: por que o eleitor gaúcho está sempre mudando o voto? É sempre do contra? A explicação para o comportamento do eleitor, segundo lideranças políticas de partidos que experimentaram a vida no Piratini e cientistas políticos, está nas qualidades atribuídas ao eleitor do Rio Grande: pensador, crítico, politizado, exigente, qualificado e observador. Não importa o lugar onde esteja, ele está pensando sobre o momento político que se apresenta diante dos seus olhos.

– O eleitor gaúcho é um observador nato. Ele tem isso, de ficar observando no horizonte. Pode-se ver que, até mesmo quando o gaúcho está sentado num toco, ele está sempre pensando – diz o peemedebista Arnildo Muller, que foi vereador por cinco legislaturas em Santa Maria.

Pelo pensamento do nosso eleitor também passaria o desejo de ver o Estado melhorar de situação. Na busca incansada desse aprimoramento, ele não costuma repetir o voto.

– Eu não diria que ele aposta no novo, mas no voto pragmático. O gaúcho é mais ligado, atento às questões políticas. Ele pune mais o candidato que trai sua confiança – avalia o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Benedito Tadeu César.

No pleito do último dia 1º, atual governo foi rejeitado nas urnas

Essa punição é a reprovação nas urnas na eleição logo ali à frente. Os governos que passaram pelo Palácio Piratini até agora não conseguiram satisfazer as angústias e as expectativas que povoam o pensamento do eleitor do Estado.

– Esse voto tem a ver com a incapacidade de os governantes lidarem de forma adequada com os problemas do Estado – opina o cientista político da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Paulo Moura.

Segundo o professor da Ulbra, o pensamento do gaúcho é conservador, mas se o governo não agrada, o eleitor não pensa duas vezes para mudar o voto.

– Ele é avesso ao novo. Agora, se o governo não satisfaz, ele muda o voto – acrescenta Moura. BR>
Por enquanto, o voto do contra continua vencendo as eleições no Rio Grande do Sul. O tabu de reeleger um governador ou eleger o sucessor do mesmo partido continua em alta.

Que o digam Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Britto, Olívio Dutra. Eles não conseguiram emplacar seus candidatos. No caso de Britto,…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/.

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