“…O resultado de um processo de desindustrialização é a importação de produtos com alto valor agregado e as exportações de commoddities ou de produtos com baixo valor agregado, o que aumenta ainda os déficits comerciais e piora as já frágeis finanças públicas do país.
Este processo está relacionado à sobrevalorização cambial e à abertura econômica desordenada da economia brasileira. Tal situação precisa ser revertida para o país ter taxas consistentes de crescimento econômico, e, dentre as ações necessárias para isso, estão…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra de “A urgência de um projeto de reindustrialização nacional”, artigo de Daniel Arruda Coronel. Ele é Professor Adjunto da UFSM, Bolsista de Produtividade do CNPq e Membro da Academia Santa-Mariense de Letras (ASL), Doutor em Economia Aplicada da UFSM e Diretor da Editora da UFSM. Também mantém o site www.danielcoronel.com.br.
OBSERVAÇÃO: a imagem que ilustra esta nota é uma reprodução de internet.
Supervalorização cambial é algo que repetem como mantra. Quando o dólar estava perto de 3 falavam que tinha que ser 3,8 (algo parecido). Só que na prática quando chega perto dos 4 todo mundo se apavora e não é só quem quer ir passear na Disney. Importações ficam mais caras, inflação sobe. Existem empresas com dívida lá fora, juros menores. Insumos do agronegócio ficam mais caros. Desvalorizar a moeda para tornar mais atrativa a produção de bens no país leva a retaliações comerciais. Ou seja, não é bem assim.
Desindustrialização foi alvo de alerta há alguns anos, ao que o governo de plantão respondeu debochadamente que o país iria alimentar o mundo. Reverter o processo não é algo fácil, para não dizer impossível. Implantar indústrias para criar empregos de manufatura depende de janela de oportunidade ou, como dizem, o cavalo tem que passar encilhado. Guerras comerciais, cadeias globais de fornecimento, o assunto é bem complexo. Brasil já tem economia fechada, não tem poder para imitar China ou EUA.
Dilma repetiu Geisel com os efeitos que se conhece. Tem gente querendo repetir Dilma. O que acontece depois já se sabe.