Educação

ELEIÇÕES 2018. Em Santa Maria, Miguel Rossetto discute e anuncia propostas para a educação

“Pouca gente no Estado lembra o nome do secretário estadual de educação”, disse o deputado Valdeci Oliveira. Foto Tiago Machado

Por Tiago Machado / Assessor de imprensa de Valdeci Oliveira

Durante mais de duas horas, na noite de sexta (27), em Santa Maria, o ex-ministro do governo Dilma Rousseff e atual pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PT, Miguel Rossetto, debateu a situação da educação gaúcha e os planos para enfrentar os principais gargalos do setor. Organizado pela coordenadoria do PT na Região Centro, a plenária lotou as galerias da Câmara de Vereadores e reuniu o deputado estadual Valdeci Oliveira, a coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, Irmã Lourdes Dill, educadores, dirigentes sindicais, vereadores, servidores de escolas e membros da comunidade.

Logo no início da sua manifestação, Rossetto anunciou que, caso vença as eleições, já tem os dois primeiros decretos governamentais planejados. “O primeiro decreto que quero assumir o compromisso (de fazer) é o que determina a Secretaria Estadual da Fazenda (de realizar) o pagamento em dia do salário dos servidores públicos do Rio Grande do Sul. Isso é fundamental para que a gente possa reorganizar o Estado e criar outro ambiente que nos permita pensar e assumir os novos desafios que temos”, antecipou.

O segundo decreto escolhido por Rossetto tratará da retomada da participação popular e do orçamento participativo no Estado. “Nós vamos superar essa crise a partir de uma ampla participação popular, a partir de um amplo diálogo com a sociedade gaúcha. Vamos construir grandes acordos políticos para tirar o Rio Grande do desalento e colocá-lo em uma rota de esperança e desenvolvimento”, assinalou.

Rossetto enfatizou que o PT tem experiência administrativa e “amplo conhecimento” da rede estadual. O ex-ministro também fez uma série de críticas ao governo Sartori. “É impressionante, mas o governo que está aí comemora quando fecha uma escola pública. Nós vamos comemorar quando a agente ampliar a presença da juventude na idade adequada nas escolas públicas de qualidade. Nós não vamos aceitar e concordar que os professores e educadores e servidores sejam desvalorizados e não tenham salário em dia”, exemplificou.

Ele ainda defendeu que os professores tenham dedicação integral e formação permanente e afirmou ser contra a terceirização das escolas e a utilização excessiva de contratos emergenciais e temporários. Ainda disse que é preciso enfrentar o tema do pagamento do piso salarial. “ Temos que recuperar o papel da escola pública, temos que enfrentar o tema do piso e da correção salarial. Vamos enfrentar isso com diálogo. Temos que debater abertamente o tema do piso. Vamos chamar o CPERS, vamos chamar as lideranças e vamos discutir”, garantiu.

OPINIÕES – Antes da manifestação de Rossetto, diversas lideranças e o público presente puderam se manifestar e entregar ao pré-candidato sugestões para elaboração do plano de governo da educação. O presidente do 2º Núcleo do CPERS Sindicato, Rafael Torres, recordou que “os governos não são iguais” e salientou as conquistas da categoria no governo Tarso Genro, que antecedeu Sartori. “Havia dificuldades antes também. Mas havia investimentos em formação, havia oportunidade de dialogar, não havia criminalização de movimentos sociais e a categoria acumulou uma valorização de 76% no salário”, declarou.

O deputado estadual Valdeci Oliveira, que foi líder do governo Tarso Genro na Assembleia, afirmou que a desvalorização da educação gaúcha é tamanho hoje em dia que “pouca gente no Estado lembra o nome do secretário estadual de educação”. Ele defendeu que a educação esteja dentro do centro das políticas do governo estadual. ‘’Educação não pode ser encarada como custo. Educação é investimento. Enquanto não levarmos isso em conta, não vamos resolver as distorções absurdas existentes no Estado. Muitos educadores gaúchos estão adoecendo pela falta de valorização. Desenvolvimento, saúde, cultura, infraestrutura, enfim, todas essas questões passam pela educação. Temos que retomar a educação como um instrumento indutor do desenvolvimento. O Rossetto tem capacidade para enfrentar os desafios postos”, concluiu o deputado.

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2 Comentários

  1. Dando risada. Fala como se o pagamento em dia fosse questão de vontade e não de falta de dinheiro. Parcela de recursos que ia para o orçamento participativo sempre foi mínimo e as assembleias e reuniões dirigidas, aparelhadas. Tarso, o intelectual, prometeu pagar o piso antes da eleição e nunca o fez.
    Nenhum stress, Rossetto tem chances microscópicas de se eleger.

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