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POLÍTICA. Parlamentares petistas decidem não ir à posse do Bolsonaro. Confira a íntegra do ‘comunicado’

Líderes petistas no Congresso Nacional, o santa-mariense Paulo Pimenta na Câmara e o carioca Lindbergh Farias no Senado, juntamente com a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, divulgaram “comunicado” nesta sexta-feira, em que anunciam que as bancadas não participarão dos eventos de posse de Jair Bolsonaro no Congresso, na próxima terça-feira.

A informação foi objeto de uma notícia publicada na versão online do Correio do Povo, com informações do jornal O Estado de São Paulo, que você confere AQUI.  Abaixo, você tem a íntegra do documento assinado pelos petistas. A ilustração (de Reprodução) é o convite pessoal recebido pelo petista Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados. Acompanhe:

Comunicado

PT NÃO PARTICIPARÁ DA POSSE DE BOLSONARO NO CONGRESSO NACIONAL

O Partido dos Trabalhadores nasceu na luta da sociedade brasileira pelo restabelecimento da democracia, em 1980. Em quase quatro décadas de existência, o PT sempre reconheceu a legitimidade das instituições democráticas e atuou dentro dos marcos do Estado de Direito; combinando esta atuação com nossa presença nas ruas e nos movimentos sociais, aprofundando a participação da sociedade na democracia.

Participamos das eleições presidenciais no pressuposto de que o resultado das urnas deve ser respeitado, como sempre fizemos desde 1989, vencendo ou não. Mantemos o compromisso histórico com o voto popular, mas isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad.

O devido respeito à Constituição também torna obrigatórios a denúncia e o protesto contra as ameaças do futuro governo de destruir por completo a ordem democrática e o Estado de Direito no Brasil. Da mesma forma denunciamos o aprofundamento das políticas entreguistas e ultraliberais do atual governo, o desmonte das políticas sociais e a revogação j;a anunciada de históricos direitos trabalhistas.

O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios.

O ódio do presidente eleito contra o PT, os movimentos populares e o ex-presidente Lula é expressão de um projeto que, tomando de assalto as instituições, pretende impor um Estado policial e rasgar as conquistas históricas do povo brasileiro.

Não compactuamos com discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação. E não aceitamos que tais práticas sejam naturalizadas como instrumento da disputa política. Por tudo isso, as bancadas do PT não estarão presentes à cerimônia de posse do novo presidente no Congresso Nacional.

Seguiremos lutando, no Parlamento e em todos os espaços, para aperfeiçoar o sistema democrático e resistir aos setores que usam o aparato do Estado para criminalizar adversários políticos.

Fomos construídos na resistência à ditadura militar, por isso reafirmamos nosso compromisso de luta em defesa dos direitos sociais, da soberania nacional e das liberdades democráticas.

Deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara Senador Lindbergh Farias, líder do PT no Senado Senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT”

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