SALA DE DEBATE. Uso (errado?) do espaço público, preservação histórica em SM, a chegada da Havan…
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Um “Sala de Debate” bastante animado o de hoje, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1, com a ancoragem deste editor. Claro que, como sempre, a participação dos ouvintes foi fundamental, ajudando na construção das discussões das quais participaram os convidados do dia: Ruy Giffoni, Werner Rempel e Giorgio Forgiarini. Este ultimo, aliás, iniciou o debate com um assunto que mobiliza muita gente: afinal, qual deve ser o tamanho do Estado? – objeto, inclusive, do artigo assinado por Forgiarini hoje, no Diário de Santa Maria.
De todo modo, foram outros três assuntos que, sim, monopolizaram as discussões e, também, a polêmica. Um deles foi a necessária preservação histórica em Santa Maria, que não significa apenas cuidar de prédios antigos. Outro, a utilização, não raro indevida, dos espaços públicos na cidade – sem que a comunidade seja a beneficiada. E um terceiro ainda, com grande repercussão: a chegada (com algumas exigências – será, mesmo?) da varejista Havan, famosa por ostentar uma Estátua da Liberdade no seu “patio”.
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Existem lojas da Havan com setores de alimentação. Pizzaria, etc.
Outro argumento para não instalar a loja, ofende o senso estético dos vermelhinhos provindos de Balisa.
Conheci a loja de Brusque, mas o pessoal ia para lá porque era um polo de comércio de malha.
O que diferencia é que sempre tem promoções. É semana do tapete, semana das malas, do não sei o quê. Criatura vai lá para comprar na promoção e sempre acha alguma coisa a mais.
O que Rempel sugere é inconstitucional com banda de música. Município limitando o número de empreendimentos.
Tem sindicato na aldeia que parece mais cartel.
Tem que preservar os pequenos porque senão os shoppings da cidade vão para o vinagre. Alás, supermercados não abrem nos domingos por causa dos pequenos.
Getúlio Vargas artífice do capitalismo, kuakuakuakuakuakuakuakua. Definição de capitalismo: sistema político em que o comércio e a indústria de um país são controlados pela iniciativa privada buscando lucro ao invés do Estado. É só falar com alguém que estudou ciência política.
No primeiro comentário faltou o ‘públicos’ na proporção de empregos.
Faltou na aula da teoria da recepção, o comunicador escreve com a língua dos outros.
Vermelhinhos da cidade querem o ‘figo’ do dono da Havan. E os locais temem a concorrência.
Reserva de mercado na aldeia.
Eu não tenho loja na Acampamento, se os produtos forem melhores e/ou mais baratos melhor para a população.
O mercado é o mesmo a menos também que venham pessoas de fora por causa da loja.
Chegava nas pessoas, problema que era tudo bobagem.
A noção de valor agregado ainda não chegou na aldeia.
Abre lugar para outras coisas no centro ou acelera a decadência.
Acontece o que aconteceu no caso do hospital da Unifra, as forças ‘ocultas’ atuam. Não é o caso do plano diretor porque ali não tiveram o cuidado de se ocultar.
Só porque deu certo em POA não quer dizer que vai funcionar em SM. Para muitos é óbvio. Parece óbvio também que advogado e empresário são profissões diferentes, com formações diferentes.
Estado ‘indutor’ geralmente é um político cabeça de bagre que quer bancar o empresário com dinheiro público enquanto saneamento, saúde e educação ficam esperando. Na aldeia ouve-se de tudo.
Podem construir um imóvel maior em outra área? Tem tudo para dar ‘certo’, isto se aparecer interessados.
Discussão tem que sair da década de 70. Questão correta é ‘como o Estado vai se financiar?’. Impostos ou dívida. Dívida é antecipação de receita, acarreta pagamento de juros, logo tem que ser muito bem pensado. A segunda pergunta é ‘com estas fontes de financiamento qual o tamanho de Estado é possível?’. Não é só vontade política, o muro de Berlin já caiu, não adianta partir para o confisco ou para o calote (nunca funcionou) e a própria justificação da economia é “recursos limitados, necessidades ilimitadas’.
Juridicamente é muito difícil tirar gente de onde tem muita para colocar onde tem pouca.
Mentalidade é pré-revolução da informática, ainda década de 70.
Perdendo tempo desqualificando o Posto Ipiranga.
Ideológico. Estado-babá, Estado tutelando o indivíduo. O que tem que acontecer é a população criar vergonha e respeitar as regras mesmo sem o Estado fiscalizar. O resto é a Stasi da Alemanha Oriental, Estado policialesco.
Existe um negócio chamado smartphone e um tal de Waze. Se a criatura vai para outra cidade e não tem, faz parte de uma minoria. Se estiver a pé pode perguntar.
Assim. Quando o assunto ‘migração’ estava em voga, um dos argumentos mais utilizados era ‘Brasil é um pais de migrantes, antepassados tiveram oportunidades, logo não é moralmente aceitável ser contra os refugiados’, ou seja, a famosa dívida histórica. Recentemente o argumento foi requentado, antepassados tiveram ‘cotas’, logo não é admissível falar contra as cotas agora. De novo a famosa dívida histórica.
Na União Soviética o Estado era gigante e a economia foi para o ralo. Venezuela? Coréia do Norte é desenvolvida? Cuba? Laos? Vietnam? Ou vão dizer que os países nórdicos são ricos porque o Estado é grande? Alás, os vikings já não são o que costumavam ser.
Keynes morreu em 1946.
Escolher estatísticas para dizer que o Estado é pequeno ou grande é fácil. Vejamos. Proporção de empregos em relação ao total de postos de trabalho. Brasil 20% (2014, crise não estava muito grande). Estados Unidos 16%. França 25%. Alemanha 13%. Coréia do Sul 10%. México 11.5%. Cuba 77%. Russia 40%. Suécia 26%. Vietnam 20%. Espanha 15%. Zimbabwe 22%. Noruega 38%. Botswana 20%. Bélgica 20%.