HAVAN. Vereadores do MDB tomam posicionamentos distintos em relação a como agir em relação à loja
Por Maiquel Rosauro
As discussões sobre a vinda da Havan para Santa Maria deixaram o cenário econômico e entraram na esfera política. No Legislativo, dois vereadores do MDB tomaram posições distintas em relação à loja. Enquanto João Kaus critica os sindicatos, Cezar Gehm defende que as entidades necessitam ser respeitadas. Ambos são favoráveis à instalação da empresa na cidade e, por coincidência, realizaram publicações nas redes sociais, nessa sexta-feira (22), que deixaram clara suas posições.
Kaus divulgou que seu abaixo-assinado a favor da vinda da empresa para o município recolheu 2,2 mil assinaturas espontâneas. O ato teve início logo após o empresário Luciano Hang, dono da Havan, postar um polêmico vídeo no qual criticava o presidente do sindicato trabalhista.
“Mas não paramos aqui. Já protocolamos o pedido da formação de uma Comissão Especial de Vereadores para analisar e acompanhar as tratativas sobre a vinda da Havan para Santa Maria. Levaremos esse abaixo-assinado como argumento para testemunhar o interesse da população por mais emprego e renda”, postou o vereador em seu Facebook.
Além do abaixo-assinado e da Comissão Especial, Kaus também protocolou uma moção de apoio à vinda da empresa. Na rede social, ele alfinetou os sindicatos.
“Sabemos que não teremos uma tarefa fácil, pois trata-se de interesses empresariais e trabalhistas. Mas não podemos aceitar que a grande maioria da sociedade seja prejudicada por interesses de classes”, disse o parlamentar.
Gehm, por sua vez, postou uma publicação didática no qual destacou o seu discurso, na tribuna da Câmara, realizado na quinta (21). O parlamentar, que já foi presidente dos principais sindicatos patronais do comércio santa-mariense, explicou que a Lei Federal 11.603/2007 autoriza o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral. Além disso, a mesma lei define que, a cada dois domingos trabalhados, o próximo será de repouso.
“Também é citado na Lei, que é permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizada em Convenção Coletiva de Trabalho e observada a legislação municipal, a qual determina que os estabelecimentos comercias de todo o gênero poderão exercer suas atividades entre 7h30min e 22h, durante todos os dias, com exceção dos feriados onde deverá existir o acordo entre os Sindicato Laboral e Patronal”, relata Gehm.
O edil salienta que a principal imposição da Havan para operar em Santa Maria é a abertura do empreendimento nos feriados, o que necessita ser aprovado em Convenção Coletiva conforme determina a Lei Federal, sendo que as discussões entre patrões e empregados iniciam em 1º de abril. No acordo são debatidos os dias que serão trabalhados, as folgas e os valores pagos pela atuação no feriado.
“O Poder Executivo, Legislativo, Entidades Empresariais, Sindilojas e o Sindicato dos Funcionários do Comércio, bem como a sociedade em geral, são todos favoráveis a vinda da Havan, já que todos seremos beneficiados com a sua instalação. Porém, é importante que se respeite os acordos feitos entre os Sindicatos Patronal e Laboral, pois são os representantes legítimos das categorias”, afirma Gehm.
Esse último trecho da fala do Gehm explica toda essa situação aí.
No Rio de Janeiro existe uma facção criminosa decadente chamada ‘Amigos dos Amigos’.
O caótico comemorando 2.200 assinaturas em uma cidade com quase 300 mil habitantes!!! Se a Havan vir, por conta própria, sem isenções e benesses, beleza. Mas, certamente, não é um abaixo-assinado mixuruca que vai pautar isso. Nem moções de apoio (aliás, principal atividade da vereança).