PARTIDOS. Comunistas de Santa Maria aprovam, por unanimidade, indicativo de fusão com o PPL
Por Maiquel Rosauro
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reuniu sua militância, sábado (16), no Plenarinho da Câmara de Vereadores de Santa Maria, e aprovou, por unanimidade, o indicativo de fusão com o Partido Pátria Livre (PPL). Ambas as siglas não alcançaram a cláusula de barreira no pleito do ano passado.
Pela regra que entrou em vigor, em 2018, só terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV os partidos que obtiveram, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos nove estados, com no mínimo 1% em cada um deles; ou elegeram, no mínimo, nove deputados federais distribuídos, também, em nove estados.
O PPL elegeu apenas um deputado federal, enquanto que o PCdoB elegeu nove representante para a Câmara Baixa em sete estados. Desde o fim do ano passado as duas siglas conversam sobre uma possível fusão.
Na Câmara dos Deputados, no início deste mês, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), aceitou parcialmente a fusão das siglas, enquanto não se concretiza na Justiça Eleitoral.
Conforme despacho do presidente, a fusão será contabilizada “exclusivamente para fins de cálculo da proporcionalidade partidária e da definição de atendimento ou não à cláusula de desempenho, com a consequente delimitação da estrutura administrativa cabível às lideranças dos partidos incorporadores”.
Otimismo
A incorporação do PPL pelo PCdoB animou os comunistas de Santa Maria. O presidente municipal da sigla, Tiago Aires, analisa de forma positiva o ‘casamento’ das legendas.
“A cláusula de barreira colocaria PCdoB e PPL em um semi-ilegalidade, restringindo o acesso ao fundo partidário e a própria atuação dos parlamentares. Em função do reconhecimento dessa fusão pela presidência da Câmara dos Deputados, por exemplo, o PCdoB pode assumir a liderança da minoria com a deputada Jandira Feghali, do Rio de Janeiro”, explica Aires.
O presidente estadual do PPL, Werner Rempel, projeta que no segundo semestre as siglas já estejam fundidas. Antes da união ser referendada pela Justiça Eleitoral, ainda irão ocorrer conferências estaduais e inúmeras discussões internas para saber quais filiados aceitarão o embargue na nova agremiação.
“O PCdoB procurou o PPL ainda no ano passado, em função da vitória do Jair Bolsonaro e pelas medidas que ele pretende tomar em que o ambiente democrático não suporta. Os dois partidos consideram importante estarem juntos neste período de risco à democracia”, afirma Rempel.
O encontro de sábado ainda contou com a presença de Raul Carrion, representante da direção estadual do PCdoB e também elegeu delegados para a Conferência Estadual dos comunistas gaúchos, que será realizada sábado (23), em Porto Alegre.
Santa Maria tem muitos fósseis mesmo.
Ou seja: não é LEGAL.
Legal é 100%
A cláusula de barreira colocaria PCdoB e PPL em um semi-ilegalidade,
Quem é semi-ilegal é semilegal.
Viva Brasil