SALA DE DEBATE. 30% a menos para universidades, assunto que tomou conta de (quase) todo o programa
Sim, houve pelo menos outros dois temas dignos de citação (pelo tempo que ocuparam, não por sua importância, aliás grande): as verbas para a Saúde e, entre elas, os R$ 50 milhões para o Hospital Regional; e também a Duplicação da RSC 287, que tem mais uma audiência pública em Santa Maria, na tarde desta segunda-feira, no Hotel Morotin. Mas o fato é que foi outro o tema pra lá de predominante nas discussões de hoje, no “Sala de Debate”, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1.
Qual? O mote foi a anunciada redução dos 30% lineares sobre os orçamentos das universidades e institutos federais. Mas o assunto se espalhou para outras questões educacionais, especialmente o ensino médio e fundamental. O programa desta segunda-feira contou com este editor, a mediação de Roberto Bisogno e a participação dos convidados Elvandir Costa, Luiz Ernani Araújo, Walter Jobim Neto e Alfeu Bisaque Pereira.
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Contingenciamentos já são rotina. Também o são as paralizações e as greves. Reinvindicações geralmente são ‘melhores salários’, ‘valorização’ e ‘melhores condições de ensino’ (ou coisa que o valha). Saído o percentual do reajuste, as melhores condições sempre foram esquecidas.
Mentalidade nas universidades sempre foi de território livre, basta mandar o dinheiro e o que rolar rolou.
Interessante notar em SM como o pessoal não consegue escapar da ideologia. Criaram o tal #SouUFSM, ou seja, existem também os que ‘não são UFSM’. Logo há que se admitir que existem pessoas que acreditam ter o monopólio do que é bom e do que não é bom para a instituição. Ou seja, debate sobre os rumos e objetivos, se existir, sempre será interno e para poucos. Viva a República!
Em tempo, CF88, art. 239, § 2º ‘O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal’.
Em São Paulo no miolo da base eleitoral do Molusco foi criada a Universidade Federal do ABC (com muita grana diga-se de passagem).
Pessoal entra na instituição e inicialmente existem duas opções: Bacharelado em Ciências e Humanidades e Bacharelado em Ciência e Tecnologia. Terminado o curso de escolha existem duas opções sujeito pega o diploma e vai cuidar da vida ou através de seleção interna (não é possível acessar as formações específicas diretamente) complementa os estudos para obter um diploma mais convencional (economia, relações internacionais, ciência da computação, engenharia aeroespacial, etc.). Este modelo é bastante comum lá fora, em alguns países se a criatura fizer o bacharelado em engenharia, estudar mais dois anos e fizer uma dissertação ‘mais criada’ ganha o título de engenheiro (algo entre o mestrado e o doutorado aqui).
Pós-graduação no ABC também é diferente, existe o mestrado e doutorado acadêmicos e também o mestrado profissional e doutorado acadêmico industrial. Estes últimos visam maior integração com a iniciativa privada.
Obviamente a ideologia molusquista está presente, a universidade visa ‘ formação integral, que inclui a visão histórica da nossa civilização e privilegia a capacidade de inserção social no sentido amplo’.
Castelo Branco era oficial de Estado Maior ao tempo de Monte Castelo, já era tenente-coronel (nasceu em 1900).
Algo que é obvio, universidades necessitam de reforma. Governo petista sabia disto e até fez experiências. Fez besteira também equiparou cursos diferentes por exemplo. Transformou engenharias em bacharelado, só que no resto do mundo um bacharel em engenharia faz curso de 3 anos e com mais um ano já sai com mestrado. No Brasil a criatura cursa 5 anos de graduação e para o mestrado tem que estudar mais dois anos. Bobagem maior fizeram na medicina, transformaram o diploma de médico em bacharelado em medicina. Pessoal que ia estudar no exterior e não encontrava problemas começou a ter. Voltaram atrás e o diploma de médico voltou.