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ARTIGO. Débora Dias, futebol feminino e as vitórias com significados para muito além do próprio esporte

Significados da Copa Feminina de Futebol

Por DÉBORA DIAS (*)

O sentimento que pode ser descrito, vendo as meninas do futebol brasileiro em campo, é de orgulho. Nossa, elas jogam mesmo! Muito bom ver o Brasil jogando bola dessa maneira. Mais bonito ainda é ver o povo, homens e mulheres, assistindo ao jogo, com aquele sentimento de satisfação e felicidade, aquele sentimento de euforia que há muito não se via ao se assistir o futebol brasileiro.

Mas quem hoje assiste tranquilamente, na manhã de domingo, a Copa Feminina de Futebol, ao jogo do Brasil e Jamaica, acontecendo no estádio des Aples, em  Grenobles, França, não pode deixar de pensar que isso era impensável há um tempo. Essas meninas jogadoras passaram por muitas barreiras, preconceitos e tiveram que lutar muito para exercerem seu direito de jogar futebol, de praticar um esporte que sempre foi tomado como eminentemente masculino.

As primeiras referências do futebol feminino no Brasil foram nos anos 20, em circos, como performance ou show. Na década de 40 começaram jogos femininos nas periferias. Em 1941, através de um decreto do Conselho Nacional de Desportos, dizendo que as mulheres deveriam “praticar esportes adequados a sua natureza”, embora não fosse referido diretamente ao futebol, destinava-se a ele.

Já em 1965, no governo militar, o decreto foi reeditado, proibindo a prática do futebol pelas mulheres.  Em 1979 chega o fim da absurda proibição, mas não há incentivo ou regulamentação. Em 1983 foi regulamentado. Em 1996 as mulheres participam da primeira olimpíada. Em 2003 o mundo conheceu Marta e em 2006, ela  leva o troféu da melhor do mundo  e em 2018 Marta foi eleita pela sexta vez a melhor do mundo (Fonte: https://interativos.globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/especial/historia-do-futebol-feminino).

Podemos perceber que a história das mulheres no futebol brasileiro não é distinta da  história das mulheres de um modo geral, de sua atuação na sociedade, cheia de lutas, de rompimento de barreiras, de persistência, de quebra de paradigmas e preconceitos. E, agora, continuando a acompanhar o futebol, olho o placar final, 3 x O para o Brasil. O placar foi vitorioso para nós brasileiros e brasileiras: vitória para todos nós, para o esporte, para a sociedade, para a igualdade de direitos entre homens e mulheres, feliz por esse momento tão especial neste belo domingo de junho, com o sol em Santa Maria, brilhando lá fora, como nossas jogadoras.

(*) Débora Dias é Diretora de Relações Institucionais, junto à Chefia de Polícia do RS. Antes, durante 18 anos, foi titular da DP da Mulher em Santa Maria. É formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo, especialista em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes, Ciências Criminais e Segurança Pública e Direitos Humanos e mestranda e doutoranda pela Antônoma de Lisboa (UAL), em Portugal.

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto (do jogo Brasil x Jamaica) que ilustra este artigo é uma reprodução do Instagram da Seleção Feminina de Futebol.

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