BASTIDORES. O fervedouro do PSB santa-mariense: Fabiano Pereira na capital, Alemão do Gás não voltará
Por MAIQUEL ROSAURO (com fotos de Divulgação e Alysson Marafiga/AICV), da Equipe do Site
Um dos principais fatos do cenário político santa-mariense, na semana passada, foi o início da atuação do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PSB. Uma das siglas das quais o partido se aproximou foi, por exemplo, o PL, liderado por Miguel Passini (AQUI). Porém, chama atenção no novo colegiado socialista à ausência de seus dois principais líderes, o presidente municipal da legenda, Fabiano Pereira, e o vereador Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás.
Para entender o que ocorre na agremiação, o site conversou com diversas lideranças da sigla durante o feriadão de Corpus Christi. Todas aceitaram conversar, desde que mantido o anonimato.
O Grupo
O GTE do PSB foi formado em 15 de junho, durante uma reunião do partido comanda por Fabiano e sem a presença de Alemão do Gás (AQUI). Evanir Parcianelo, Celso Carvalho e Kleber Colvero foram escolhidos para formar o grupo, que tem autonomia e respaldo da direção Estadual e Municipal do PSB para negociar alianças com presidentes de outros partidos.
Fabiano não está à frente das articulações do GTE porque está trabalhando em Porto Alegre. Conforme o Sistema de Gestão de Recursos Humanos (RHE) do Governo do Estado (AQUI), ele atua desde o dia 18 de novembro no cargo de Assistente Especial II na Casa Civil.
Secretário e candidato a deputado estadual
Em abril de 2017, Fabiano assumiu o cargo de secretário de Obras do governo Sartori, ficando no posto até o fim de março de 2018, quando se descompatibilizou para concorrer à Assembleia Legislativa. Na corrida eleitoral, ele registrou 20.926 votos, mas não conseguiu se eleger.
O futuro de Fabiano
Conforme as fontes do site, Fabiano não deve seguir por muito mais tempo na Casa Civil. Ele é cotado para assumir a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) ou a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).
Vale lembrar que o PSB fez parte do governo Sartori e, inclusive, apoiou a reeleição do gringo. Porém, em novembro de 2018, poucas semanas após o segundo turno das eleições, a legenda acertou a participação no governo Leite (AQUI).
“Não vou concorrer mais a vereador”
A ausência de Alemão do Gás na reunião que criou o GTE gerou fortes cobranças de lideranças da sigla. Nesse final de semana, por exemplo, o grupo do partido no WhatsApp pegou fogo.
Após ser cobrado, Alemão encaminhou um áudio com um longo desabafo, no qual defende sua atuação no PSB e faz criticas a postura de membros do partido, inclusive proibindo a entrada de uma liderança em seu gabinete. Em certo momento, o edil ainda anunciou: “Não vou concorrer mais a vereador”.
O futuro de Alemão
O fato de não concorrer não significa que Alemão deixará a política. A tendência é que ele faça campanha para a sua chefe de gabinete, Adriana Vargas. Pelo menos é o que indicam os adesivos afixados em veículos que diariamente estacionam nos arredores do Parlamento.
Também é praticamente certo que Alemão deixe o PSB na próxima janela de transferência partidária, em março de 2020, já que há tempos ele se afastou das decisões do partido.
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