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CONGRESSO. Deputados devem votar proposta que garante aos senadores um prazo para votação de MPs

Alcolumbre (D), recebe no Senado o presidente da Câmara, Maia: nesta semana, ambos firmaram acordo sobre tramitação das MPs

Da Redação da Agência Senado, com foto de JEFFERSON RUDY

O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar nos próximos dias uma proposta de emenda à Constituição que altera as regras para a aprovação de medidas provisórias no Congresso Nacional. O compromisso foi firmado na última terça-feira (28) pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, durante encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

PEC 70/2011 (que tramitou no Senado como PEC 11/2011) foi apresentada pelo então presidente do Senado, José Sarney. Um dos objetivos do texto é “preservar a competência constitucional” das duas Casas. Pela regra atual, as medidas provisórias têm validade de 120 dias e trancam a pauta após 45 dias de publicação. Mas, para alguns parlamentares, o texto em vigor restringe a atuação do Senado por não impor prazo para que os deputados votem as MPs.

– Não é mais possível que a Câmara continue a desprestigiar o Senado e continue usando 119 dos 120 dias que se tem para analisar uma medida provisória. Colocam para nós senadores que analisemos em um dia. Não é mais possível que nós continuemos sendo a Casa carimbadora do que acontece na Câmara. Isso tem que mudar – afirmou o senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR).

A PEC 70/2011 fixa a vigência de MPs em 120 dias, sem possibilidade de prorrogação. De acordo com o texto que saiu do Senado, a Câmara tem 80 dias para votar as matérias, com o trancamento da pauta após 70 dias. Em seguida, o Senado tem 30 dias de prazo, com sobrestamento após 20 dias. Depois disso, os deputados têm mais 10 dias para analisar as emendas apresentadas pelos senadores.

– Acertei com o presidente Rodrigo Maia a votação da PEC 70/2011, que altera a tramitação das MPs e estabelece que as medidas provisórias sejam analisadas separadamente nas duas Casas com novos prazos – confirmou pelo Twitter o senador Davi Alcolumbre.

Em Plenário, o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), elogiou a iniciativa do presidente do Senado.

– Tenho absoluta convicção de que o Senado não será mais carimbador da Câmara. Com o apoio do Colégio de Líderes desta Casa, Vossa Excelência solicitou, pediu e conseguiu, depois de muitos anos de reclamação, que o presidente da Câmara pautasse a PEC que regula a votação das medidas provisórias. Com isso, estamos virando uma página: muitos dos reclamos que nós aqui ouvimos se devem em função da falta dessa regulamentação, não deixando tempo para que o Senado possa exercer as suas prerrogativas – disse.

A PEC 70/2011 foi aprovada em 2015 por uma comissão especial da Câmara. O relator, deputado Walter Alves (MDB-RN), sugeriu mudanças. Entre outras alterações, ele estabelece prazo de 70 dias para a Câmara, 30 dias para o Senado e 20 dias para a revisão de emendas pelos deputados. A proposta foi incluída mais de 90 vezes na ordem do dia da Câmara, mas nunca chegou a ser votada. Embora confirme que o presidente Rodrigo Maia “pretende pautar” a matéria, o site da Casa indica que o texto foi “retirado de pauta, de ofício” na última terça-feira…”

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