Sedufsm. Debate ajuda a entender o que há na Venezuela e o fim da concessão de uma TV
Muito se fala, e até se escreve, sem saber exatamente o que acontece. Ou, pelo menos, nos levam a comprar uma única versão para o que acontece na Venezuela de Hugo Chávez. E se despreza qualquer outra idéia que não seja a de que ele é um anti-democrata, antes de qualquer coisa. Inclusive porque não renovou o contrato de concessão de uma das mais populares emissoras de TV do País. E que, por isso, ele atenta contra a liberdade de imprensa.
Será, mesmo? Mmmmmm… Tenho certa dificuldade de concordar com tudo o que leio – embora numa coisa é possível um acordo. Chavez é um bufão. E um bobalhão. Mas, no que toca à questão da RCTV, mmmmm… Me parece muito fácil a versão difundida.
Em todo caso, é a Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) que está oferecendo uma bela oportunidade de, se as dúvidas não desaparecerem, ao menos ouvir (e debater) visões diferentes. A Venezuela é o tema de mais uma edição do evento Cultura na Sedufsm. Que, como relata o texto de Fritz Nunes, da assessoria de imprensa da entidade, acontece no próximo dia 23. Confira:
Cultura na SEDUFSM debate filme
que aborda golpe de estado contra Chávez
O Cultura na SEDUFSM, edição de julho, faz uma sessão de cinema na qual apresentará o documentário A revolução não será televisionada, dos jornalistas irlandeses Kim Bartley e Donnacha Obriain. Logo após a exibição do filme, que tem duração de 76 minutos, haverá um debate com a participação dos professores Elvandir José da Costa (Direito da UFSM), Márcia Franz Amaral, do curso de Jornalismo da UFSM e do editor do Jornal A Razão, José Mauro Batista.
O evento acontece na segunda, 23 de julho. O início está previsto para as 19h, no auditório da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (André Marques, 665) e é aberto ao público.
A revolução não será televisionada é um documentário de 2003, que recebeu diversos prêmios internacionais, e tem entre seus méritos o fato de ter registrado os bastidores do golpe que retirou o presidente Hugo Chávez do poder durante 48 horas, em 2002.
Sobretudo, o filme registra as ligações perigosas entre parte da mídia venezuelana e os setores golpistas, levando a um tensionamento que culminou na polêmica recente da não-renovação da concessão do canal RCTV pelo governo. Esse, certamente, será o pano de fundo para análise da relação mídia X governo, a partir da visão expressada pelos documentaristas irlandeses.
SUGESTÃO DE LEITURA – clique aqui, se desejar outras informações oriundas da Seção Sindical dos Docentes da UFSM.
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