REGIONAL. Valdeci elogia secretária de Saúde, mas diz que hospital não parece ser prioridade do governo
Por MARCELO ANTUNES (com foto de Guerreiro/AL), da Assessoria de Imprensa do Parlamentar
Durante a reunião ordinária da Comissão de Saúde e de Meio Ambiente (CSMA) da Assembleia Legislativa, realizada nesta quarta-feira (21), o deputado Valdeci Oliveira (PT) voltou a cobrar do governo do estado a abertura integral do Hospital Regional de Santa Maria e a disponibilização dos mais de 240 leitos à população do município e região.
Valdeci destacou que a paralisia do executivo estadual em relação a essa importante unidade de saúde, que é 100% SUS, tem sido agravada pelos cortes orçamentários do governo Bolsonaro às universidades públicas. “No caso de Santa Maria, a tesourada de mais de 30% aplicada pelo governo federal no orçamento da UFSM está tendo um impacto direto no Hospital Universitário, que tem registrado uma média de 40 a 60 macas com doentes instaladas pelos corredores da instituição. E, distante apenas oito quilômetros dali, temos todo um complexo hospitalar, fruto de uma luta de 17 anos e pronto desde 2016, ainda fechado, sem oferecer um único leito à comunidade”, registrou o parlamentar, destacando ainda que muitos pacientes do município estão sendo, diariamente, encaminhados para Rio Grande e Passo Fundo via “ambulacioterapia”.
“O que temos visto é que esse assunto, apesar do esforço da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, não é uma prioridade para o governo gaúcho. Não adianta só boas intenções. Essa situação tem que ter solução. Faz três anos que o hospital está pronto. A população não aguenta mais que o Hospital Regional seja, apenas uma pauta de campanhas eleitorais. Não precisamos dele como pauta de campanha. Precisamos dele como uma solução para a saúde”, assinalou
Outra crítica feita pelo deputado foi sobre a lentidão na chegada e na aplicação da verba de R$ 50 milhões destinada para a compra de equipamentos do Regional. A liberação do recurso pelo Ministério da Saúde foi anunciada em maio passado, mas até agora nada de concreto aconteceu, pois, conforme a Secretaria Estadual da Saúde, etapas burocráticas ainda têm de ser vencidas. “Parece que os R$ 50 milhões prometidos pelo Ministério da Saúde estão vindo de carroça de Brasília”, disparou Valdeci.
Suicídio
Ao final da reunião, no espaço destinado aos assuntos gerais, foi realizada uma explanação sobre os números de suicídios registrados no Rio Grande do Sul. De acordo com os dados apresentados pela coordenadora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Andreia Volkmer, o estado, ao lado de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, possui as maiores taxas quando comparado às demais unidades da federação. “Esses números podem ser maiores por conta das subnotificações, dos casos que não chegam a ser registrados”, afirmou Volkmer. Segundo a profissional, enquanto a taxa mundial chega a 10,5 casos por 100 mil habitantes, no RS, esse índice vai a 12. No restante do país, fica em 6. Se em 2016, o Rio Grande do Sul teve 1.168 óbitos por suicídio, em 2017, esse número subiu para 1.342. “Proporcionalmente o estado fica em segunda posição, mas em números absolutos somos os primeiros”, destacou.
Por conta desse quadro preocupante, Valdeci solicitou – e teve aprovado – o pedido de reimpressão de folheto informativo sobre o tema. O material foi elaborado e teve sua primeira impressão quando o parlamentar presidiu a Comissão de Saúde e de Meio ambiente, em 2016. “O suicídio é um assunto ao mesmo tempo delicado e pesado, principalmente para os familiares, que na maioria das vezes se culpam achando que não prestaram a atenção devida. Sabemos que há inúmeras motivações e dificilmente é apenas uma que leva a essa situação extrema. O importante é compartilharmos as informações, orientarmos a sociedade e disponibilizarmos o serviço público para esse sentido”, acredita o parlamentar.
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