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MEIO AMBIENTE. Assassinato das árvores no bairro Rosário, a história que ainda precisa ser bem contada

Quase duas dezenas de árvores foram ceifadas na Rua do Rosário. É fato. E, a partir daí, sobram explicações. Mas e a verdade, qual é?

Por CLAUDEMIR PEREIRA (com foto e montagem sobre imagem de Reprodução), Editor do Site

Este site não acredita, em sã consciência, que o objetivo era mesmo “matar” as árvores da Rua do Rosário – como você leu AQUI na madrugada passada, na seção Luneta Eletrônica. Inclusive porque não precisa ser técnico para saber que a poda bem feita e regular poderia resolver o problema alegado (com suas devidas razões) pela concessionária de energia elétrica. Mas o fato é que elas foram assassinadas. E ficaram, com o perdão pela crueza da expressão, “no toco”. E até com um nome “bonito” para definir o homicídio: “supressão”.

Dito isto, o fato objetivo é que a história aconteceu. Mas ainda se espera que seja bem contada. Confira um roteiro de informações e tire, leitor, tua própria conclusão.

1 – Tão logo o “crime” foi cometido e pipocaram as repercussões nas redes sociais, a prefeitura divulgou uma nota. Nela, além de negar que houvesse autorização do município, informa que a licença para a “supressão” das árvores foi da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

2 – Como um razoável complemento informou estar “analisando a situação” e, se fosse necessário, tomaria “as medidas que o caso requer”. Não esclarece quais seriam as medidas, mas é razoável supor que haveria, quem sabe, a possibilidade de multa ou até a exigência de reparação ambiental.

3 – Não havia decorrido sequer meia hora da publicação do site, no início da madrugada passada, e o editor recebia cópia de correspondência enviada pela RGE (a concessionária de energia) à Prefeitura, mais exatamente à secretaria de Meio Ambiente, no dia 12 de julho. O conteúdo é claramente perceptível nos excertos do documento que você vê na montagem de imagens publicada logo abaixo.

Isso tudo decorreu na noite de domingo, madrugada de domingo. Agora, você acompanha o que o site (e também outros colegas, com certeza) conseguiu apurar, ao longo desta segunda-feira, e sempre tendo em vista as informações oferecidas pela Prefeitura.

1 – Moradores da região das árvores alegam que em outubro do ano passado teriam feito pedido de corte e poda de galhos no Bairro Rosário. A prefeitura, via pasta de Meio Ambiente, diz que “todos os pedidos de poda e supressão de árvores passam por avaliação técnica junto à equipe de engenheiros e que as ações são realizadas – ou não – conforme as outras demandas e urgência.”

2 – Diante da informação da concessionária, que enviou comunicado para a Prefeitura em julho, a Prefeitura afirma que “não recebeu nenhum comunicado sobre poda ou supressão na região”.

3 – Perguntada sobre eventual punição à concessionária de energia, ou que outro tipo de providência poderá ser tomado, a resposta é, digamos, evasiva. Deixa claro, no entanto, que a secretaria de Meio Ambiente já fez um laudo, estudando a situação da rua do Rosário antes e depois do ocorrido e avalia a situação “junto à Procuradoria Geral do Município”.

4 – Questionada sobre o recebimento de correspondência da RGE, a prefeitura mantém a posição expressa na tarde de domingo, dizendo que “não recebeu nenhum comunicado sobre poda ou supressão na região.”

5 – Por fim, a Prefeitura, a propósito da intervenção da Fepam no episódio, diz que a Fundação “pode expedir licenças, mas, normalmente, direciona para o cuidado com a legislação municipal de arborização urbana.”

Para concluir, a convicção é a mesma lá do início deste texto: a história não está bem contada. Pode ser real. Ou não. Mas um fato é irretorquível: as árvores foram mortas. Sem remédio.

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