MÍDIA/POLÍTICA. Bolsonaro concedeu 11 entrevistas exclusivas em 8 meses. Privilégio para 3 redes de TV
Do portal Poder360, em texto de SABRINA FREIRE e foto de ALAN SANTOS (Palácio do Planalto)
Jair Bolsonaro concedeu 31 entrevistas exclusivas desde quando assumiu a Presidência da República, em 1º de janeiro de 2019. Em 8 meses (até 30 de agosto), o presidente falou a 22 veículos e 4 canais do YouTube. Foram 17 entrevistas para telejornais e programas de TV; 4 para canais do YouTube; 3 para programas de rádio; e 7 para para sites de notícias.
Os grupos de empresas de comunicação que mais tiveram acesso a Bolsonaro foram: SBT (5); Record (5); Band (4); Globo (2); e Jovem Pan (2).
1ª entrevista exclusiva de Bolsonaro após a posse foi para os jornalistas Carlos Nascimento, Débora Bergamasco e Thiago Nolasco, do jornal SBT Brasil, em 3 de janeiro. A mais recente foi à atriz Antonia Fontenelle, que tem 1 canal no YouTube, na última 6ª feira (30.ago.2019), que vai ao ar às 21h desta 2ª feira (2.set.2019).
Bolsonaro também reuniu-se em 9 ocasiões com 5 jornalistas e em 21 ocasiões com 16 executivos e donos de mídia no Palácio do Planalto. O grupo mais recebido foi o da Record: 8 representantes da empresa estiveram com o presidente. Já o jornalista mais recebido foi o ex-Globo Alexandre Garcia: 4 vezes.
O Poder360 preparou 1 infográfico com os principais dados sobre as entrevistas exclusivas:
Ao todo, o presidente esteve com 31 jornalistas para conceder as entrevistas. Destes, 14 foram recebidos no Palácio do Planalto.
O jornalista Eduardo Ribeiro, para o Jornal da Record, foi o único a entrevistar Bolsonaro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo – onde o presidente esteva internado devido a cirurgia para retirada da bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal. A entrevista foi em 13 de fevereiro.
Já Thiago Nolasco, da Record, foi o único recebido no Palácio da Alvorada, em 26 de maio. A entrevista foi exibida no programa Domingo Espetacular.
Eis os jornalistas recebidos no Planalto para entrevistar o presidente:
Carlos Nascimento, SBT Brasil, do SBT;
Débora Bergamasco, SBT Brasil, do SBT;
Thiago Nolasco, então do SBT Brasil, do SBT;
Augusto Nunes, Os Pingos nos Is, da Jovem Pan;
Luciana Gimenez, Luciana by Night”, da RedeTV!;
Alberto Armendáriz, La Nación (Argentina);
Mauricio Lima, Veja;
Policarpo Junior, Veja;
Guido Nejamkis, jornal Clarín (Argentina);
Fernanda Salles, Terça-Livre;
Jussara Soares, O Globo;
Leda Nagle, canal do YouTube;
Natuza Nery, GloboNews;
Antonia Fontenelle, canal do YouTube.
Entre todos, os jornalistas Augusto Nunes (Jovem Pan/Veja), José Luiz Datena (Band) e Thiago Nolasco (que foi do SBT e hoje está na Record) foram os únicos a conseguirem duas entrevistas com Bolsonaro.
Chamado de “inimigo” no episódio que culminou na 1ª demissão de 1 ministro do governo (Gustavo Bebianno), o Grupo Globo conseguiu espaço na agenda do chefe do Executivo em duas ocasiões para entrevistas: à Jussara Soares, do jornal O Globo; e à Natuza Nery, da GloboNews.
Também em destaque, entre os que conseguiram entrevistar o presidente, estão duas jovens: a estudante Beatriz Castro, que entrevistou o presidente em 6 de maio, após cerimônia de comemoração dos 130 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro; e a “repórter mirim” Esther, de 8 anos, que publicou a entrevista em 29 de abril em seu canal do YouTube “Programa da Esther”.
REUNIÕES COM JORNALISTAS E DONOS DE MÍDIA
Além das entrevistas, o presidente Jair Bolsonaro recebeu 5 jornalistas em 9 reuniões, cafés e almoços no Planalto.
Dos encontros, 4 foram com o ex-Globo Alexandre Garcia; 2 com o apresentador Ratinho (SBT); e 1 com Augusto Nunes (Veja), Heraldo Pereira (GloboNews) e Roberto D’ávila (GloboNews) cada.
Além disso, o presidente também recebeu em 21 reuniões 16 representantes de 13 empresas e associações de comunicação.
Os dados revelam ainda que Bolsonaro esteve 8 com representantes da Record; com 2 da CNN; 2 da RedeTV; e 1 do SBT e do Globo, cada.
Quem mais esteve com Bolsonaro foi:
Marcos Vinícius, CEO da Rede Record: 3 vezes;
Douglas Tavolaro, CEO da CNN Brasil: 2 vezes;
Márcio Novaes, presidente da Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) e diretor corporativo da Rede Record: 2 vezes;
Marcelo de Carvalho, vice-presidente da RedeTV: 2 vezes;
Luiz Cláudio Costa, presidente da Rede Record: 2 vezes.
Eis os outros nomes dos representantes que reuniram-se com o presidente 1 vez cada:
Allan dos Santos, dono do Terça Livre;
Antônio Augusto Amaral, presidente do grupo Jovem Pan;
Antonio Guerreiro, vice-presidente de jornalismo da Record;
Ernani Paciornik, presidente da Revista Náutica;
Fabiano Freitas, presidente da Record TV/Rio;
Gláucio Binder, presidente da Confederação Nacional da Comunicação Social;
Johnny Saad, presidente do grupo Bandeirantes;
José Roberto Maciel, presidente do SBT;
Orli Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Mídias Evangélicas;
Paulo Tonet, vice-presidente institucional do grupo Globo;
Vicente Jorge, da Associação Brasileira de Emissores de Rádio e Televisão;
CAFÉS COM JORNALISTAS
Bolsonaro ofereceu 7 cafés da manhã para a mídia de fevereiro a julho, no Palácio do Planalto. Recebeu 114 repórteres, colunistas, editores e apresentadores. É 1 recorde em relação a todos os presidentes anteriores.
O 1º encontro com profissionais da mídia foi em 28 de fevereiro. O último foi em 19 de julho, quando disse que “falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”.
No total, 54 veículos de comunicação foram representados. Ex-Globo, o jornalista Alexandre Garcia também já foi convidado, mesmo sem estar ligado, por ora, a nenhum veículo.
Os veículos que participaram mais vezes dos cafés foram da RedeTV! (6), da Record (6), da GloboNews (5), da BandNews (4), do Correio Braziliense (4) e do Valor Econômico (4). O Poder360 participou de 3 dos 7 encontros.
Nos encontros, os profissionais podem questioná-lo sobre temas de interesse público. Não podem gravar o áudio nem fazer imagens, mas fazem anotações sobre o que é dito. O Planalto grava tudo, em áudio e vídeo. As imagens são divulgadas depois…”
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‘Seu’ Everton refere-se a entrevista de Marcola, líder do PCC, ao jornal ‘O Globo’, óbvio.
Evidente que sim, sr. Brando, evidente!!!
Muito relevante. Tem um presidiário que concedeu entrevista, direto do xilindró, para apenas UM veículo de comunicação. Aí é normal, não?