Por que o socialismo é um erro intelectual?
Por GIUSEPPE RIESGO (*)
A história da humanidade perpassa as relações entre os indivíduos e o Estado. Nos períodos anteriores ao capitalismo essa relação sempre foi imperiosa e nada justa. Da escravidão à suserania os indivíduos percebiam a presença do Estado apenas como um elemento de opressão e servidão compulsória, ou seja, algo bastante conflituoso e, como eu disse, injusto.
Foi no capitalismo que isso começou a mudar. Ao trazer respeito à propriedade, o sistema capitalista inseriu necessariamente o respeito à vida e à liberdade. Afinal, como reconhecer a vida e a liberdade sem reconhecer a propriedade? Disto, derivaram-se os primeiros movimentos constitucionalistas em reconhecimento a estes direitos negativos, ou seja, inatos ao homem e sua natureza. É neste instante que surgem os mercados trazendo prosperidade e riqueza, como uma ordem espontânea, nascem do reconhecimento destes direitos e do seu desenvolvimento natural na sociedade. Por algum tempo, esta “magia produtiva” transcorreu-se assim, de forma habitual, bela e livre, justamente, por sua natureza espontânea. No entanto, infelizmente, todo esse desenvolvimento foi interrompido pelas ideias socialistas dos séculos XIX e XX.
Diferentemente do que fora descrito: no socialismo não há espontaneidade, mas planejamento social. Toda aquela ordem espontânea é negligenciada. O que prevalece é a engenharia social e a ideia de que uma pequena casta de iluminados sabe como podemos e devemos nos organizar e produzir para a sociedade. Esta premente necessidade derivaria das injustiças oferecidas no sistema capitalista, ou seja, da suposta exploração patronal sobre a classe trabalhadora. E assim, esvaia-se a propriedade, a liberdade e, em última instância, a vida. Finda-se o indivíduo, surge intelectualmente o pensamento coletivista.
O coletivismo oriundo das ideias socialistas nos designaram miséria, fome e morte. Os genocídios ocorridos nos diversos experimentos socialistas derivaram, justamente, do não reconhecimento à propriedade privada e, assim, da geração de uma horda revoltada contra a exploração do Estado perante o indivíduo. O socialismo é um erro intelectual por isso. Porque ao intervir na ordem natural da sociedade, conflita-a. Tal qual as intervenções humanas na natureza, as intervenções estatais nos mercados e nos nossos direitos negativos geram distorções não previstas e ineficiências produtivas.
Traz, em síntese, desorganização produtiva e, ali na frente, miséria e (óbvio!) revolta social.
Isso é importante porque hoje estando no meio político e atuando no Poder Legislativo, tenho como dever atuar pelo respeito e a preservação da propriedade, da vida, da liberdade e das garantias individuais oriundas disto.
O legislador deve guardar o indivíduo dos possíveis abusos do Executivo, do Judiciário ou mesmo do Legislativo. Proteger a ordem espontânea e apontar caminhos, nunca direcioná-los. Entender o papel do Estado nestas garantias e, acima de tudo, deixar a sociedade definir seu fluxo natural de desenvolvimento. Foi a arrogância fatal que nos relegou o socialismo e as atuais crises socioeconômicas que vivemos no Brasil e no Rio Grande do Sul. Resgatar nossa liberdade é o primeiro passo para resgatar a soberania e altivez da nossa gente.
(*) GIUSEPPE RIESGO é Deputado Estadual, que cumpre seu primeiro mandato pelo Partido NOVO. Ele escreve no site todas as quintas-feiras.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR. A imagem que ilustra este artigo não tem autoria determinada. Foi extraída de artigo publicado no site do Instituto Liberal (AQUI)
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